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Um em cada cinco britânicos estoca mantimentos por temer Brexit sem acordo

O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, já informou que pretende deixar a União Europeia em 31 de outubro, mesmo sem acordo

Brexit: a indústria de alimentos advertiu que uma saída sem acordo pode provocar o desabastecimento durante "semanas ou meses" (Daniel Leal-Olivas/Reuters)

Brexit: a indústria de alimentos advertiu que uma saída sem acordo pode provocar o desabastecimento durante "semanas ou meses" (Daniel Leal-Olivas/Reuters)

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EFE

Publicado em 12 de agosto de 2019 às 14h00.

Londres — Um em cada cinco britânicos está armazenando alimentos, bebidas e remédios por temor de um possível desabastecimento se o Reino Unido deixar a União Europeia (UE) sem um acordo em 31 de outubro, segundo um estudo divulgado nesta segunda-feira pela firma financeira "Premium Credit".

As famílias britânicas gastaram 4 bilhões de libras (4,28 bilhões de euros) em provisões e cerca de 800 mil pessoas investiram de forma individual mais de mil libras (1.070 euros) em reservas de emergência, segundo o relatório.

Entre os que estão armazenando provisões, 74% acumulam alimentos, 50% remédios para seu próprio uso, 46% bebidas e 43% remédios para outros membros da família.

A indústria de alimentos britânica advertiu na semana passada que uma saída sem acordo poderia provocar o desabastecimento no país durante "semanas ou meses".

A Federação Britânica de Alimentação e Bebidas (FDF, em inglês) pediu ao Governo que relaxe a legislação sobre concorrência para que as companhias possam cooperar de maneira mais estreita a fim de assegurar que os alimentos chegarão a todo o país.

"Será preciso decidir para onde vão os caminhões para manter ativa a rede de abastecimento. Neste cenário, teremos que trabalhar com nossos competidores, por isso que o governo deveria suspender as leis sobre concorrência", afirmou à "BBC" o responsável de uma importante empresa britânica, cuja identidade não foi revelada.

Um porta-voz do Executivo afirmou que está colaborando com a indústria alimentícia para "respaldar as preparações relacionadas com a saída da União Europeia".

O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, já informou que é partidário de romper os laços com o bloco comunitário em 31 de outubro, embora não tenham pactuado as condições de saída com Bruxelas.

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