O prefeito de Londres, Boris Johnson: ''Ainda há profundos problemas sociais que temos que atender'' (Stefan Rousseau/AFP)
Da Redação
Publicado em 6 de agosto de 2012 às 19h21.
Londres - Um ano depois da onda de distúrbios em Londres, o prefeito Boris Johnson admitiu que ainda há ''sérios problemas sociais'' na capital londrina, mas ressaltou que os Jogos Olímpicos ajudam a reverter esta situação.
Em declarações à ''BBC'', Johnson disse que o governo investiu 84 milhões de euros nos bairros mais pobres da cidade, mas que ainda trabalha duro para contornar e entender os problemas que afligem os mais jovens.
''Ainda há profundos problemas sociais que temos que atender. Avaliamos o que passa na vida dos jovens, seus modelos a seguir, seus ideais, o que querem fazer'', disse o conservador prefeito de Londres.
Neste sentido, Johnson especificou que os Jogos de Londres são um motivo de inspiração, já que o esporte ajuda às pessoas a terem mais ''auto-estima, personalidade, segurança e capacidade para aceitar as derrotas da vida. ''Estas são coisas vitais'', acrescentou.
Segundo o prefeito de Londres, os Jogos Olímpicos estão sendo realizado no melhor momento para o Reino Unido, já que o país se ajusta ''a um novo mundo sem crédito fácil e também porque a vida é consideravelmente mais dura do que antes da crise''.
Entre 6 e 10 de agosto de 2011, milhares de pessoas, a maioria jovens, foram às rua em vários bairros de Londres para provocar distúrbios, saquear negócios, atacar e incendiar casas.
A ação foi iniciada em Tottenham, ao norte de Londres, após uma manifestação pacífica contra a morte do jovem Mark Duggan, de 29 anos, assassinado pela polícia no dia 4 de agosto de 2011. Na ocasião, os manifestantes alegavam que Duggan teria sido vítima de uma violência racial.
Poucos dias depois, os distúrbios se estenderam para Wood Green, Hackney, Brixton, Peckham, Enfield, East Ham, Ealing e Croydon, assim como a zona comercial de Oxford Circus. Posteriormente, as manifestações também se foram registradas em outras importantes cidades da Inglaterra.
Em poucos dias, as forças da ordem prenderam 3,1 mil pessoas e registraram 3.443 crimes vinculados aos distúrbios.