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Ultraconservadores são favoritos à reeleição nas eleições polonesas

De acordo com duas pesquisas de opinião publicadas na sexta-feira, o PiS não tem a maioria absoluta garantida

Mulher vota na Polônia: eleições aconteceram durante o domingo 13 (Grzegorz Celejewski/Agencja Gazeta/Reuters)

Mulher vota na Polônia: eleições aconteceram durante o domingo 13 (Grzegorz Celejewski/Agencja Gazeta/Reuters)

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AFP

Publicado em 13 de outubro de 2019 às 15h47.

Última atualização em 13 de outubro de 2019 às 17h45.

Os poloneses votam, neste domingo 13, nas eleições legislativas em que os ultraconservadores do partido Lei e Justiça (PiS) emergem como favoritos.

O PiS governa a Polônia desde 2015 e conseguiu mobilizar as classes mais desfavorecidas da sociedade rural, defendendo os valores familiares contra o que chamam de "ideologia LGBT", além de prometer mais ajuda, corte de impostos e aumento do salário mínimo.

Considerado o político mais influente da Polônia, o líder do PiS, Jaroslaw Kaczynski, dividiu a população, ao atacar minorias sexuais e rejeitar os valores liberais ocidentais, com a aprovação tácita da poderosa Igreja Católica.

O PiS se aproveitou da reação populista contra as elites liberais, uma tendência semelhante à do Ocidente. Além disso, rapidamente expulsou seus militantes suspeitos de comportamento duvidoso.

"O PiS cuida dos trabalhadores. Eles aumentaram o salário mínimo e criaram o subsídio 500+ [500 złotys, ou 116 euros, por mês]", afirmou Michal, eletricista de 34 anos, depois de votar na capital.

Retorno da esquerda

Do outro lado está a Coalizão Cívica (KO), da oposição de centro e que conta com os habitantes das grandes cidades, abalados pelas controversas reformas do PiS.

Zofia e Edward, um casal de Varsóvia na casa dos 50 anos, disseram que também votariam na Coalizão Cívica. "O PiS lembra muito o regime comunista. É só ver o que acontece com a independência dos tribunais, com a liberdade de expressão nos meios [públicos]", disse Zofia.

De acordo com duas pesquisas de opinião publicadas na sexta-feira, o PiS não tem a maioria absoluta garantida. Em uma sondagem, a sigla aparece com 40% e, na outra, com 41,7% dos votos, enquanto os três principais partidos da oposição teriam 41,4% e 45%. Juntos, os partidos de centro e de esquerda poderiam formar uma coalizão para governar.

Será uma mulher, a oponente Malgorzata Kidawa-Blonska, líder da Coalizão Cívica, que tentará tomar o poder do PiS, mostrando um humor mais sereno e menos combativo do que o discurso dos conservadores. A Coalizão Cívica era anteriormente liderada pelo atual presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk.

O PiS é acusado de levar a cabo reformas judiciais que tiram a independência do judiciário e, segundo a Comissão Europeia, ameaçam o estado de direito na Polônia. A Coalizão Cívica afirma que, se obtiver maioria, irá anluar as reformas judiciais.

As seções eleitorais fecham as portas às 21h (16h de Brasília). Os primeiros resultados devem começar a surgir logo depois, com base em pesquisas de boca de urna.

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