Uganda tenta conter avanço do vírus mortal ebola
Criança de 12 anos foi morta pela doença pode trazer risco de epidemia para o país
Da Redação
Publicado em 5 de agosto de 2014 às 13h50.
Kampala - Funcionários ligados à saúde em Uganda estão correndo para evitar que o vírus mortal Ebola, que matou uma criança de 12 anos, se espalhe pelo país. Eles afirmam que até agora os sinais indicam se tratar de um caso isolado, informou o Wall Street Journal.
Nenhuma das outras 30 pessoas que tiveram contato com a garota receberam resultado positivo para o vírus até o momento, afirmaram os funcionários, mas o período de incubação do Ebola ainda não acabou. A menina morreu em 6 de maio em uma pequena cidade distante 70 quilômetros da capital Kampala.
O período de incubação normalmente vai de sete a 14 dias. Funcionários dizem que normalmente testam os contatos mais próximos dos infectados por 21 dias. Se o caso se provar isolado, será um grande alívio para Uganda, país que já lutou contra o surto do Ebola antes, o mais recente em 2008. Casos individuais do Ebola nem sempre levam a surtos; há registro de um caso de 1977 que não se espalhou.
O ministro da Saúde, James Kakooza, disse não acreditar que o vírus vá alcançar a capital, mas expressou preocupação porque a área de onde a vítima era é um centro comercial. "Naquela área, algumas pessoas vem do norte, outras do oeste. Há muitos negociantes vindos de várias partes do país, até mesmo do sul do Sudão", disse.
Histórico
O Ebola ocorre na África Central e acredita-se que seja contraído por meio do contato com macacos. Não há cura ou vacina. Os surtos mais fatais ocorreram na República Democrática do Congo. Em 1995, o Ebola matou 250 pessoas no país, na época chamado Zaire.
Em 2000, 400 pessoas foram infectadas e 224 morreram por causa do vírus em Uganda. É a primeira incidência do Ebola em Uganda desde 2008, quando o vírus matou cerca de 40 pessoas. As informações são da Dow Jones.