Mundo

UE vai pedir novas sanções à Rússia por violência na Ucrânia

A União Europeia preparou o esboço de comunicado que irá pedir a prorrogação das sanções contra a Rússia por seis meses e outras medidas


	Bandeiras da União Europeia: ministros irão se comprometer a acompanhar de perto a situação e a "agir de acordo"
 (Georges Gobet/AFP)

Bandeiras da União Europeia: ministros irão se comprometer a acompanhar de perto a situação e a "agir de acordo" (Georges Gobet/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 28 de janeiro de 2015 às 15h12.

Bruxelas - A União Europeia preparou o esboço de um comunicado aos ministros das Relações Exteriores dos seus 28 países-membros pedindo uma prorrogação das sanções à Rússia por seis meses, o acréscimo de novas pessoas à lista de sanções e a preparação de novas medidas.

Os chanceleres solicitaram uma reunião extraordinária para a quinta-feira em reação a um novo avanço dos rebeldes pró-Rússia.

A Ucrânia diz que 30 civis foram mortos no sábado em bombardeios realizados pelos rebeldes na cidade portuária de Mariupol, ainda sob controle do governo, acabando com o cessar-fogo de cinco meses.

"Em vista da deterioração da situação, o Conselho (de ministros das Relações Exteriores) concorda em ampliar as medidas restritivas visando indivíduos e entidades por ameaçar ou minar a soberania e a integridade territorial da Ucrânia... até setembro de 2015”, de acordo com o rascunho das conclusões do encontro visto pela Reuters.

A declaração se referia ao congelamento de bens e proibições de viagens a dezenas de ucranianos e russos desde a anexação pela Rússia da península ucraniana da Crimeia em março do ano passado.

Os ministros também pedirão à Comissão Executiva da UE e ao seu serviço diplomático que elaborem uma lista de nomes adicionais que podem sofrer sanções, para que uma decisão seja tomada dentro de uma semana, de acordo com o rascunho.

Os ministros irão se comprometer a acompanhar de perto a situação no terreno e a "agir de acordo".

Eles pedirão que as autoridades levem a cabo "qualquer ação apropriada, em especial no tocante a medidas restritivas adicionais, com o objetivo de garantir a implementação rápida e abrangente" do acordo de trégua assinado em setembro em Minsk e que países ocidentais acusam Moscou de violar.

Rússia nega, Grécia questiona

Uma decisão sobre novas sanções econômicas contra a Rússia deve ser deixada a cargo dos líderes da UE, que se reúnem em 12 de fevereiro. O esboço do comunicado ressalta indícios do apoio russo contínuo e crescente ao conflito, que já matou mais de cinco mil pessoas.

A Rússia nega envolvimento direto nos combates. Kiev e a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) afirmam que Moscou enviou milhares de soldados para lutar ao lado dos separatistas, além de armá-los e financiá-los.

Mas forjar uma política unânime para a Rússia tem se mostrado complicado para a UE, e um fator imprevisível pode ser a Grécia, cujo primeiro-ministro recém eleito, Alexis Tsipras, queixou-se por Bruxelas tratar da Rússia sem consultá-lo antes.

Segundo o rascunho, os ministros do bloco irão solicitar que Moscou repudie as ações dos separatistas e implemente o acordo de Minsk.

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaEuropaRússiaUcrâniaUnião Europeia

Mais de Mundo

Órgãos de saúde pedem mais medidas de controle após 1º caso de mpox na Europa

Com novas sanções, Rússia não consegue usar nem bancos da China; entenda

Trump tem renda de US$ 513 milhões com resorts e outros imóveis, diz relatório

Maduro chama Javier Milei de 'fracasso como economista e presidente' da Argentina

Mais na Exame