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UE vai ampliar mecanismo de suporte, diz comissário

Países da zona do euro estão considerando expandir o fundo de resgate para garantir a estabilidade do bloco

Schaeuble expressou ontem oposição a uma ampliação da EFSF (Wici/Wikimedia Commons)
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Da Redação

Publicado em 14 de janeiro de 2011 às 10h40.

São Paulo - O comissário europeu para mercado interno, Michel Barnier, afirmou que a União Europeia (UE) tomou uma decisão, em princípio, para aumentar o mecanismo de suporte para países endividados e disse que o bloco dará suporte para o euro. Segundo a ministra de Finanças da França, Christine Lagarde, os países da zona do euro estão considerando expandir o fundo de resgate para garantir a estabilidade do bloco e explorar novas maneiras de usar o mecanismo.

"A posição da União Europeia é clara e houve uma decisão para aumentar os mecanismos de suporte. As especificidades desse assunto serão decididas pelos ministros de Finanças", disse Barnier após reunião com líderes políticos. "Os países da zona do euro vão dar suporte ao euro e vão trabalhar juntos para encontrar soluções. A Linha de Estabilidade Financeira Europeia (EFSF, na sigla em inglês) é uma prova disso", acrescentou.

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Lagarde, por sua vez, afirmou que existem discussões sobre um possível uso da EFSF para comprar dívida da zona do euro no mercado secundário. "Nosso trabalho inclui avaliar uma variedade de instrumentos", disse a ministra francesa, acrescentando que os líderes da zona do euro também estudam como garantir uma transição tranquila do fundo temporário de 440 bilhões de euros para um mecanismo permanente, conforme foi acertado em dezembro do ano passado.

Segundo fontes ligadas ao Ministério de Finanças da França, permitir que o fundo de resgate compre dívida de governos da zona do euro no mercado secundário ajudaria a dar suporte para os preços dos bônus emitidos por países da periferia do bloco, como Irlanda, Portugal e Espanha, em meio à persistente desconfiança dos investidores.

O ministro de Finanças da Alemanha, Wolfgang Schaeuble, expressou ontem oposição a uma ampliação da EFSF, mas abriu as portas para possíveis medidas para disponibilizar todos os recursos do fundo, o que, na prática, resultaria em pagamentos adicionais dos países mais solventes da zona do euro - como Alemanha e França.

Lagarde não quis dar um valor para a possível expansão do mecanismo de resgate, mas ontem o ministro de Finanças da Bélgica, Didier Reynders, afirmou que o volume atual deveria ser dobrado, chegando a 1,5 trilhão de euros. O fundo de resgate europeu, de 750 bilhões de euros, foi criado em maio do ano passado, em resposta à crise de dívida da Grécia. A EFSF faz parte desse fundo e conta com 440 bilhões de euros. As informações são da Dow Jones.

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