UE tenta evitar reação em cadeia após Brexit
"É um momento histórico, mas com certeza não é um momento para reações histéricas", destacou o presidente do Conselho Europeu,
Da Redação
Publicado em 24 de junho de 2016 às 10h29.
A União Europeia (UE) defendeu nesta sexta-feira a união, após a decisão dos britânicos de sair do bloco, em meio a temores de uma reação em cadeia de outros países membros.
"É um momento histórico, mas com certeza não é um momento para reações histéricas", destacou o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, em uma declaração em nome dos outros 27 Estados membros.
A UE está "determinada a manter sua unidade com 27" e "não existirá um vazio jurídico até que o Reino Unido abandone formalmente a UE", completou.
"A legislação da UE continuará sendo aplicada para o Reino Unido, no que diz respeito a seus direitos e obrigações", afirmou, antes de explicar que todos os procedimentos para a saída "são claros e estão definidos nos tratados".
Bruxelas iniciou o trabalho para tentar controlar a crise que não tem precedentes.
O presidente do Parlamento Europeu, Martin Schulz, afirmou que se reunirá com a chanceler alemã, Angela Merkel, para evitar um efeito dominó.
"A reação em cadeia, que os eurocéticos celebram agora um pouco em todas as partes, não vai acontecer", disse.
Representantes da extrema-direita celebraram o resultado no Reino Unido e pediram referendos similares em outros países. A líder da Frente Nacional francesa, Marine Le Pen, e o líder da ultradireita holandesa, Geert Wilders, foram os primeiros a defender a ideia de consultas em seus países.
"É um dia triste para a Europa e o Reino Unido", reagiu a Alemanha, que abrigará no sábado uma reunião dos ministros das Relações Exteriores dos seis países fundadores da UE (Alemanha, França, Holanda, Bélgica, Luxemburgo e Itália).
A França, que integra com a Alemanha o binômio que durante muito tempo foi o motor do bloco, pediu uma reação rápida.
"A Europa continua, mas deve reagir e recuperar a confiança das pessoas. É urgente", escreveu no Twitter o ministro das Relações Exteriores, Jean-Marc Ayrault.
Para a Espanha, a prioridade agora é "aproximar a ação da UE das necessidades dos cidadãos".
"Apesar dos sérios contratempos como o que enfrentamos hoje, que ninguém duvide que vamos continuar trabalhando na construção do amanhã", afirmou o primeiro-ministro espanhol, Mariano Rajoy, a dois dias das eleições gerais na Espanha.
O resultado favorável ao Brexit obrigou a UE a programar reuniões urgentes.
Tusk e Schulz se reunirão nesta sexta-feira em Bruxelas com o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, e o primeiro-ministro holandês, Mark Rutte, cujo país ocupa a presidência semestral da UE.
"Se trata antes de mais nada de um resultado decepcionante. É também um estímulo para reformar a União Europeia", declarou Rutte.
"O que é preciso fazer agora é olhar para frente", afirmou o ministro das Finanças da Alemanha, Wolfgang Schauble, que está em contato permanente com seus colegas do G7 (Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido).
Diante do que Bruxelas definiu como uma "bofetada no projeto europeu", os líderes europeus intensificarão os contatos nos próximos dias e meses, mas será um divórcio difícil. As modalidades para encerrar 40 anos de união podem durar até uma década.
A União Europeia (UE) defendeu nesta sexta-feira a união, após a decisão dos britânicos de sair do bloco, em meio a temores de uma reação em cadeia de outros países membros.
"É um momento histórico, mas com certeza não é um momento para reações histéricas", destacou o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, em uma declaração em nome dos outros 27 Estados membros.
A UE está "determinada a manter sua unidade com 27" e "não existirá um vazio jurídico até que o Reino Unido abandone formalmente a UE", completou.
"A legislação da UE continuará sendo aplicada para o Reino Unido, no que diz respeito a seus direitos e obrigações", afirmou, antes de explicar que todos os procedimentos para a saída "são claros e estão definidos nos tratados".
Bruxelas iniciou o trabalho para tentar controlar a crise que não tem precedentes.
O presidente do Parlamento Europeu, Martin Schulz, afirmou que se reunirá com a chanceler alemã, Angela Merkel, para evitar um efeito dominó.
"A reação em cadeia, que os eurocéticos celebram agora um pouco em todas as partes, não vai acontecer", disse.
Representantes da extrema-direita celebraram o resultado no Reino Unido e pediram referendos similares em outros países. A líder da Frente Nacional francesa, Marine Le Pen, e o líder da ultradireita holandesa, Geert Wilders, foram os primeiros a defender a ideia de consultas em seus países.
"É um dia triste para a Europa e o Reino Unido", reagiu a Alemanha, que abrigará no sábado uma reunião dos ministros das Relações Exteriores dos seis países fundadores da UE (Alemanha, França, Holanda, Bélgica, Luxemburgo e Itália).
A França, que integra com a Alemanha o binômio que durante muito tempo foi o motor do bloco, pediu uma reação rápida.
"A Europa continua, mas deve reagir e recuperar a confiança das pessoas. É urgente", escreveu no Twitter o ministro das Relações Exteriores, Jean-Marc Ayrault.
Para a Espanha, a prioridade agora é "aproximar a ação da UE das necessidades dos cidadãos".
"Apesar dos sérios contratempos como o que enfrentamos hoje, que ninguém duvide que vamos continuar trabalhando na construção do amanhã", afirmou o primeiro-ministro espanhol, Mariano Rajoy, a dois dias das eleições gerais na Espanha.
O resultado favorável ao Brexit obrigou a UE a programar reuniões urgentes.
Tusk e Schulz se reunirão nesta sexta-feira em Bruxelas com o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, e o primeiro-ministro holandês, Mark Rutte, cujo país ocupa a presidência semestral da UE.
"Se trata antes de mais nada de um resultado decepcionante. É também um estímulo para reformar a União Europeia", declarou Rutte.
"O que é preciso fazer agora é olhar para frente", afirmou o ministro das Finanças da Alemanha, Wolfgang Schauble, que está em contato permanente com seus colegas do G7 (Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido).
Diante do que Bruxelas definiu como uma "bofetada no projeto europeu", os líderes europeus intensificarão os contatos nos próximos dias e meses, mas será um divórcio difícil. As modalidades para encerrar 40 anos de união podem durar até uma década.