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UE projeta imunizar maioria da população até fim de junho

Após começo desastroso dominado por atrasos, mensagens contraditórias e disputas políticas, Comissão espera que as entregas aumentem para cerca de 360 milhões de doses neste trimestre

Vacinação na Espanha: imunizante da J&J deve começar a ser distribuído no fim de março (Bloomberg/Bloomberg)

Vacinação na Espanha: imunizante da J&J deve começar a ser distribuído no fim de março (Bloomberg/Bloomberg)

FS

Fabiane Stefano

Publicado em 6 de abril de 2021 às 12h44.

Última atualização em 6 de abril de 2021 às 12h45.

A maioria dos estados membros da União Europeia terá quantidade suficiente de vacinas contra a Covid-19 para imunizar a maior parte da população até o fim de junho, muito antes da meta oficial do bloco, segundo memorando interno visto pela Bloomberg.

Alemanha, França, Itália, Espanha e Países Baixos poderão imunizar totalmente mais de 55% de suas populações, segundo projeções do documento. A UE quer imunizar 70% dos adultos até ao fim do verão europeu, o que - dependendo da demografia de cada estado membro - corresponde a cerca de 55% a 60% da população total.

As projeções da Comissão Europeia fornecem certa esperança de que a campanha de vacinação da UE será acelerada após um começo desastroso dominado por atrasos, mensagens contraditórias e disputas políticas. A Comissão espera que as entregas de vacinas aumentem para cerca de 360 milhões de doses neste trimestre em relação a pouco mais de 100 milhões nos primeiros três meses do ano.

O documento, com data de 1º de abril, detalha o número exato de doses que estarão à disposição de cada governo até o fim de junho. Embora o quadro geral seja positivo, alguns estados membros, como Croácia, Bulgária, Eslováquia, República Tcheca e Áustria, devem levar mais tempo. Outros, como Dinamarca e Malta, atingirão o nível de imunidade muito antes.

As estimativas vistas pela Bloomberg incluem um acordo na semana passada para redistribuir parte de um lote acelerado de entregas para países onde os suprimentos são escassos.

Os retardatários não utilizaram a alocação total de vacinas contra o coronavírus a que tinham direito sob os acordos de compra da UE com BioNTech-Pfizer e Moderna, optando por focar no imunizante da AstraZeneca, que é mais barato. Com as entregas da Astra atrasadas, esses estados membros podem ter que adiar a reabertura das economias, mesmo considerando o mecanismo para ajudá-los a recuperar o atraso.

Thierry Breton, comissário da UE que lidera os esforços para aumentar a produção, disse que o bloco terá capacidade para entregar vacinas suficientes para atingir a imunidade coletiva até 14 de julho, desde que as doses sejam injetadas. A data é simbólica, para coincidir com o Dia da Bastilha na França.

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