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UE: políticas comerciais da China ainda são obscuras

Genebra - A União Europeia criticou hoje a China, durante uma revisão da Organização Mundial do Comércio (OMC) sobre as políticas comerciais de Pequim, que caracterizou como obscuras. "Ainda existem importantes deficiências de transparência no regime de comércio da China", disse o líder da delegação da UE, John Clarke, em um comunicado. "Mesmo com a […]

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h46.

Genebra - A União Europeia criticou hoje a China, durante uma revisão da Organização Mundial do Comércio (OMC) sobre as políticas comerciais de Pequim, que caracterizou como obscuras. "Ainda existem importantes deficiências de transparência no regime de comércio da China", disse o líder da delegação da UE, John Clarke, em um comunicado. "Mesmo com a China reiterando seu forte compromisso com uma abertura contínua e uma reforma - a palavra 'reforma' aparece quase 30 vezes no relatório do governo chinês -, nós acreditamos que isso não caracteriza exatamente a situação atual na China", comentou Clarke. "De fato, nossas empresas têm relatado uma piora no clima corporativo", acrescentou o enviado da UE em comunicado numa reunião a portas fechadas da OMC sobre as políticas comerciais da China.

Destacando o problema da transparência, Clarke notou que a China respondeu apenas neste ano aos questionamentos que a UE havia feito durante a última revisão de política de comércio da OMC, dois anos atrás. "A China fez pouco caso dos nossos questionamentos durante a última revisão de políticas comerciais em 2008, e o envio das repostas relativas a esses questionamentos dois anos depois é certamente lastimável. Esta é uma séria preocupação sistêmica", acrescentou o enviado.

Clarke também realçou a regulamentação de comércio de Pequim, assim como um esquema de certificação para exportadores estrangeiros que ele descreveu como um "grande obstáculo, devido à complexidade, aos custos e à duração do processo". Ele criticou também a implementação da proteção à propriedade intelectual na China, dizendo que são necessários um controle mais efetivo e acusações criminais aos violadores das leis.

"Apesar de várias reformas audaciosas realizadas até agora, e durante os primeiros anos após a adesão da China à OMC, o nível de interferência do Estado na economia ainda é visível e cada vez menos compatível com o nível de desenvolvimento econômico da China", disse Clarke. As autoridades chinesas ainda não divulgaram nenhum comunicado sobre a reunião. As informações são da Dow Jones.

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