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UE pode flexibilizar bloqueio a Cuba

Brasília - A União Europeia (UE) sinalizou hoje (8) que pretende rever a adesão ao bloqueio econômico a Cuba, depois que houver a libertação de 52 presos políticos. Em 13 de setembro, deve haver uma reunião entre os representantes dos 27 países do bloco para discutir o tema. Cuba está sob embargo, imposto pelos Estados […]

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h42.

Brasília - A União Europeia (UE) sinalizou hoje (8) que pretende rever a adesão ao bloqueio econômico a Cuba, depois que houver a libertação de 52 presos políticos. Em 13 de setembro, deve haver uma reunião entre os representantes dos 27 países do bloco para discutir o tema. Cuba está sob embargo, imposto pelos Estados Unidos, há 38 anos.

Mas ontem (7), o governo de Cuba anunciou a disposição de libertar os presos políticos. As negociações são intermediadas pela Igreja Católica e o governo da Espanha. A decisão foi elogiada pela União Europeia.

As informações são da agência oficial da Argentina, a Telam. "Nós aplaudimos o anúncio de lançamento", disse o porta-voz britânico, Michael Mann. "[As medidas tomadas por Cuba] seguem na direção certa", acrescentou a chefe do Departamento de Relações Exteriores da UE, Catherine Ashton.

A libertação dos prisioneiros é um passo indispensável para a UE rever sua política em relação a Cuba, informam especialistas do bloco. Ashton elogiou o empenho do governo espanhol em buscar um acordo com Cuba.

No começo desta semana, o ministro dos Negócios Estrangeiros da Espanha, Miguel Angel Moratinos, reuniu-se com autoridades cubanas. Em seguida, houve o anúncio da libertação dos presos políticos. "Esta visita foi muito importante", disse Catherine Ashton. "Aguardamos com expectativas à rápida implementação da decisão", acrescentou o porta-voz da União Europeia.

Em fevereiro, Orlando Zapata Tamayo, dissidente político e preso, morreu depois de uma longa greve de fome. O fato aumentou a pressão internacional sobre o governo de Raúl Castro. A libertação pode pôr fim à greve de fome de outro dissidente, Guillermo Fariñas, que está sem comer há mais de 100 dias pela liberdade de 25 presos políticos doentes, que deverão estar no grupo que deixará a prisão.

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