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UE pede sanções por ameaça à integridade da Ucrânia

Ministros europeus concordaram em ampliar a lista de sancionados russos e ucranianos, considerados responsáveis pela crise política


	Soldado ucraniano verifica a identidade de um homem em um posto no leste do país
 (Alexander Khudoteply/AFP)

Soldado ucraniano verifica a identidade de um homem em um posto no leste do país (Alexander Khudoteply/AFP)

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Da Redação

Publicado em 17 de novembro de 2014 às 11h24.

Bruxelas - Os ministros das Relações Exteriores da União Europeia (UE) concordaram nesta segunda-feira em ampliar a lista de sancionados russos e ucranianos, que são considerados responsáveis pela crise na Ucrânia.

Para isso, pediram à Comissão Europeia e ao Serviço Europeu de Ação Exterior que preparem uma lista de novos nomes de "separatistas" com a intenção de tomar uma decisão "antes do final de mês", informaram fontes comunitárias.

O critério para estabelecer estas sanções se baseia no fato de que a UE considera que essas pessoas "ameaçam a integridade territorial e a soberania" da Ucrânia, agregaram.

O conselho de ministros comunitários manteve hoje um debate político sobre a situação no leste da Ucrânia, controlada por separatistas pró-Rússia, e sobre como a UE pode ajudar a conseguir uma solução não militar ao conflito.

Entre as opções que os ministros tinham sobre a mesa, escolheram por ampliar uma "lista negra" que, por enquanto, conta com 119 pessoas e 23 entidades, às quais o bloco comunitário congelou seus bens e proibido a entrada em seu território.

Os serviços diplomatas da UE deverão apresentar uma nova lista de nomes nos próximos dias, para que sua adoção comece antes do fim de novembro.

"Não há propostas ainda sobre a mesa", segundo as fontes comunitárias, por isso que ainda não se pode saber o número de separatistas que passarão a engrossar a lista de sancionados, cuja nacionalidade não precisaram.

Durante sua chegada à reunião, ministros como o titular espanhol das Relações Exteriores e Cooperação, José Manuel García-Margallo, pediram punição aos responsáveis das eleições organizadas em 2 de novembro pelas autoproclamadas repúblicas populares de Donetsk e Lugansk, no leste da Ucrânia.

"Por enquanto, acho que o que é preciso fazer é sancionar os que organizaram ou apoiaram as eleições contrárias à legislação ucraniana", comentou à imprensa antes de participar do debate.

A chefe da diplomacia da União, Federica Mogherini, declarou igualmente durante sua chegada que discutiriam "qual é a melhor opção hoje para reagir às chamadas eleições de 2 de novembro, ilegais e ilegítimas".

Os ministros não discutiram sobre novas sanções econômicas que serão adotadas contra a Rússia, país que, consideram, não está fazendo o suficiente para garantir a estabilidade na Ucrânia e nem por parar o ingresso desde seu território de soldados militares e armamento ao leste ucraniano.

"É preciso dar tempo ao tempo para analisar possíveis passos mais em matéria de sanções a determinados setores econômicos", tinha declarado García-Margallo a sua chegada.

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