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UE pede cautela sobre restrição de armas a rebeldes sírios

Chefe de política externa da UE questiona impactos que a iniciativa franco-britânica poderá ter nas tentativas de um acordo político na Síria


	Membro do grupo rebelde islâmico da Síria Jabhat al-Nusra corre enquanto sua base é bombardeada na província de Raqqa, no leste da Síria
 (Hamid Khatib/Reuters)

Membro do grupo rebelde islâmico da Síria Jabhat al-Nusra corre enquanto sua base é bombardeada na província de Raqqa, no leste da Síria (Hamid Khatib/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 16 de março de 2013 às 12h09.

Bruxelas - A chefe da política externa da União Europeia pediu cautela neste sábado com relação a uma iniciativa franco-britânica de levantar a restrição de armas da UE para ajudar os rebeldes na Síria, questionando o impacto que tal medida teria sobre tentativas de se alcançar um acordo político ali.

Outros governos da UE recusaram os esforços de Paris e Londres em uma cúpula da entidade na sexta-feira para levantar o embargo de armas sírio e ajudar os opositores do presidente Bashar al-Assad, embora tenham pedido aos ministros das Relações Exteriores que discutam de novo a questão na próxima semana.

A chefe da política externa da UE, Catherine Ashton, disse que a UE precisava pensar "muito cuidadosamente" sobre o argumento francês e britânico de que levantar o embargo encorajaria Assad a negociar.

A UE também deveria consultar o mediador da ONU, Lakhdar Brahimi e Moaz al-Khatib, chefe da Coalizão Nacional Síria, da oposição, sobre que impacto levantar o embargo teria sobre seus esforços de iniciar negociações para colocar fim à crise síria, ela disse.

"O que temos que ter certeza é de que algo assim não torne (o trabalho) mais difícil", ela disse, em uma conferência.

A Alemanha liderou a oposição à iniciativa franco-britânica de levantar o embargo para ajudar os rebeldes, depois de dois anos de guerra civil que já matou 70.000 pessoas, segundo estimativas da ONU.

Os críticos à ideia argumentam que armar os rebeldes poderia encorajar os partidários de Assad, Rússia e Irã, a intensificar o fornecimento de armas ao governo, alimentando uma corrida armamentista, e também temem que as armas possam cair em mãos erradas, como nas de militantes islamistas nas fileiras rebeldes.

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