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UE pede bons líderes para salvar países da pobreza

Presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, também atribuiu o desenvolvimento ao reconhecimento da vontade do povo

Barroso, da Comissão Europeia, quer cooperação pelo desenvolvimento global (Divulgação/Otan)

Barroso, da Comissão Europeia, quer cooperação pelo desenvolvimento global (Divulgação/Otan)

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Da Redação

Publicado em 6 de dezembro de 2010 às 10h10.

Bruxelas - O presidente da Comissão Europeia (órgão executivo da União Europeia), José Manuel Durão Barroso, afirmou nesta segunda-feira que é preciso boa liderança nos países em desenvolvimento para poder empregar bem a ajuda externa e salvar a população da pobreza.

"A boa liderança, a boa governança e o reconhecimento da vontade do povo são a chave para o desenvolvimento", garantiu Barroso durante a inauguração da conferência Dias do Desenvolvimento, que reúne dezenas de líderes governamentais, econômicos, de instituições e de ONGs.

O presidente da Comissão lembrou que os países desenvolvidos "têm a responsabilidade e a obrigação de ajudar as nações em desenvolvimento, e estas têm a responsabilidade de exercer um bom Governo", disse.

Barroso citou os recentes eventos na Costa do Marfim, onde os resultados das eleições democráticas "não foram aceitos pelos derrotados, o que coloca em risco para a estabilidade e a paz do país".

"Situações deste tipo são uma das principais causas da pobreza e da instabilidade", insistiu.

O diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Dominique Strauss-Kahn, ressaltou que o desenvolvimento sustentável dos países mais pobres é essencial para a recuperação do crescimento mundial.

Strauss-Kahn explicou como alguns países em desenvolvimento com políticas definidas alcançaram nos últimos anos uma melhora apesar da crise, graças ao aumento do consumo, a ajuda externa e o alívio de sua dívida, "o que reduziu a pobreza e melhorou os indicadores sociais".

Para o primeiro-ministro belga, Yves Leterme, as políticas de ajuda ao desenvolvimento devem estender-se para áreas não relacionadas estritamente à economia, como a educação.

As pessoas devem poder "decidir mais livremente sobre seu futuro já que a pobreza é mais que uma falta de meios financeiros", destacou Leterme, cujo país exerce a Presidência rotativa da União Europeia.

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