Mundo

UE e Mercosul tentarão acertar posições na agricultura para acordo

Os produtores agrícolas europeus solicitam à Comissão Europeia uma Política Agrícola Comum mais "sólida" para proteger os artigos frente aos concorrentes

As delegações devem abordar todos os temas da negociação, incluído o agrícola (.)

As delegações devem abordar todos os temas da negociação, incluído o agrícola (.)

DR

Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 10h23.

Bruxelas - A União Europeia (UE) e o Mercosul darão continuidade amanhã em Bruxelas as negociações de um acordo de associação na segunda rodada de trabalho desde que decidiram retomá-las em maio, com o objetivo de continuar eliminando as diferenças em capítulos como os produtos agrícolas.

Argentina espera que durante a semana de negociações na capital belga seja fixado um programa de trabalho que dinamize o diálogo.

As delegações devem abordar "todos os temas" da negociação, incluído o agrícola, como confirmaram fontes diplomáticas à Agência Efe.

O Ministério de Assuntos Exteriores da Argentina informou nesta semana que as partes trocaram informações durante agosto e setembro e para continuarem será necessário compatibilizar textos com ideia de avançar em uma minuta de tratado.

De Buenos Aires, irá a Bruxelas o secretário de Comércio e Relações Econômicas Internacionais, Luis María Kreckler.

Para o comissário de Comércio europeu, o belga Karel De Gucht, há boa expectativa que as negociações avancem e se possa concluir o acordo para o próximo ano, embora persistam "grandes diferenças" entre os blocos.

O vice-ministro de Relações Exteriores do Uruguai, Roberto Conde, manteve a mesma perspectiva durante uma viagem a Praga no mês passado, quando apontou meados de 2011 como data provável da conclusão das negociações.

Após retomar as negociações em maio sob Presidência espanhola da UE, o bloco europeu e o Mercosul se dispõem a recuperar o tempo perdido durante os últimos seis anos em que o processo esteve parado por causa, principalmente, da falta de avanços na Rodada de Doha para a liberalização do comércio mundial.

Esta nova etapa, iniciada com uma primeira rodada de negociações já neste verão, abrange 90% do comércio bilateral, 20% mais que até 2004, quando as conversas excluíam o setor automotivo e as substituições de peças de automóvel.

Frente aos temores sul-americanos diante da potência da indústria europeia, destaque para as reservas de membros europeus como a França pelo peso agrícola o Mercosul.

Os produtores agrícolas europeus solicitam à Comissão Europeia uma Política Agrícola Comum (PAC) mais "sólida" para proteger os artigos frente aos concorrentes.

França lidera as críticas ao reatamento das negociações, mas se mostram preocupado Áustria, Polônia e Irlanda.

Bruxelas solicitou à Argentina que retire as restrições impostas a produtos agroalimentares europeus a fim de facilitar as negociações.

Leia mais sobre Mercosul

Siga as notícias do site EXAME sobre Mundo no Twitter

Acompanhe tudo sobre:AgronegócioAgropecuáriaEuropaMercosulUnião Europeia

Mais de Mundo

Pelo menos seis mortos e 40 feridos em ataques israelenses contra o Iêmen

Israel bombardeia aeroporto e 'alvos militares' huthis no Iêmen

Caixas-pretas de avião da Embraer que caiu no Cazaquistão são encontradas

Morre o ex-primeiro-ministro da Índia, Manmohan Singh, aos 92 anos