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Jihadistas europeus na Síria e no Iraque são cerca de 3 mil

Coordenador antiterrorista da UE indicou que comparará cifras nas próximas semanas com os serviços de inteligência dos países membros do grupo

Militantes jihadistas na fronteira entre Síria e Iraque: UE estima em 3 mil número de jihadistas europeus (AFP)

Militantes jihadistas na fronteira entre Síria e Iraque: UE estima em 3 mil número de jihadistas europeus (AFP)

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Da Redação

Publicado em 23 de setembro de 2014 às 15h42.

Bruxelas - O número de jihadistas europeus que partiram para combater no Iraque ou na Síria gira em torno dos 3.000, quando, há apenas alguns meses, eram 2.000, indicou nesta terça-feira o chefe de antiterrorismo da União Europeia, Gilles de Kerchove.

Em uma entrevista exclusiva à AFP, Kerchove afirmou que este aumento pode ter sido estimulado pela declaração, em junho, por parte do Estado Islâmico da criação de um califado entre a Síria e o Iraque.

"Minha estimativa é que estamos em torno dos 3.000", indicou Kerchove quando indagado quantos combatentes europeus abraçaram a causa islamita na Síria e no Iraque.

"O fluxo não diminuiu e provavelmente a proclamação de um califado teve algum impacto", acrescentou.

O coordenador antiterrorista da UE indicou, no entanto, que comparará as cifras nas próximas semanas com os serviços de inteligência dos países membros do grupo.

Os combatentes, disse ele, são oriundos principalmente da França, Grã-Bretanha, Alemanha, Bélgica, Holanda, Suécia, Dinamarca e, em menor quantidade, da Espanha, Itália, Irlanda e, inclusive, a Áustria.

"Creio, inclusive, que agora existem combatentes estrangeiros de países como a Áustria, o que antes não era certo", acrescentou.

Kerchove acredita que entre 20% e 30% regressaram a seus países. Alguns retomaram uma vida normal, outros sofrem transtornos por estresse pós-traumático e ainda tem os que se radicalizaram, convertendo-se em uma ameaça para seus países.

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