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UE estudará nesta quarta impor sanções contra regime de Kadafi

A Líbia é, por enquanto, o único país do Mediterrâneo sem acordos com a União Europeia

Muammar Kadhafi, governante  da Líbia: França pediu sanções ao país (Mark Renders/Getty Images)

Muammar Kadhafi, governante da Líbia: França pediu sanções ao país (Mark Renders/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 23 de fevereiro de 2011 às 10h55.

Bruxelas - A União Europeia (UE) estudará nesta quarta-feira impor sanções o regime líbio de Muammar Kadafi, em resposta à repressão violenta das manifestações em seu país.

A Alta Representante da UE, Catherine Ashton, convocou reunião do Comitê Político e de Segurança da UE (COPS) - no qual participam embaixadores dos 27 - que analisará os próximos passos da UE nesta crise.

"Isto inclui possíveis medidas restritivas", adiantou nesta terça-feira a porta-voz de Ashton, Maja Kocijancic, em entrevista coletiva, depois que na véspera a Alemanha ameaçasse sancionar Kadafi e que nesta quarta França solicitasse medidas deste tipo à UE.

A chefe da diplomacia comunitária anunciou na véspera durante sua visita ao Egito a suspensão das negociações em curso para um acordo marco entre os 27 e Líbia, o único país do Mediterrâneo com o qual por enquanto a UE não tem qualquer relação de tipo contratual.

"A reunião vai analisar diferentes cenários. (...) Vimos vários líderes propor sanções e diferentes tipos de medidas", assinalou um porta-voz da Comissão Europeia, que não quis especular sobre o possível caráter das ações.

O presidente francês, Nicolas Sarkozy, pediu nesta quarta "sanções concretas", em particular, levar em frente aos tribunais os responsáveis pela repressão "brutal e sangrenta" dos protestos populares.

Além disso, considerou necessário proibir o acesso no solo comunitário e controlar seus movimentos financeiros, duas ações que a UE realiza no caso do deposto presidente da Tunísia, Zine el Abidine Ben Ali, e que estuda para altos cargos do antigo regime egípcio.

Na segunda-feira, os ministros de Exteriores dos 27 estudaram em profundidade a situação na Líbia, mas não falaram em nenhum momento da possibilidade de impor sanções ao regime, ao que exigiram o fim da violência.

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