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UE espera que a Grécia "respeite seus compromissos"

A União Europeia espera que o novo governo grego respeite os compromissos assumidos pelo país com Bruxelas em troca de um gigantesco resgate

Os partidos opostos a uma maior austeridade, incluindo um grupo neonazista que entra pela primeira vez no Parlamento, conseguiram 151 assentos de um total de 300 (Louisa Gouliamaki/AFP)

Os partidos opostos a uma maior austeridade, incluindo um grupo neonazista que entra pela primeira vez no Parlamento, conseguiram 151 assentos de um total de 300 (Louisa Gouliamaki/AFP)

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Da Redação

Publicado em 7 de maio de 2012 às 10h13.

Bruxelas - A União Europeia espera que o novo governo grego, que será formado nesta semana após as eleições de domingo, respeite os compromissos assumidos pelo país com Bruxelas em troca de um gigantesco resgate, disse uma porta-voz nesta segunda-feira.

"A Comissão Europeia (CE) espera que o futuro governo grego respeite os compromissos assumidos pelo país", indicou a porta-voz da CE, Pia Ahrenkilde Hansen, em uma coletiva de imprensa.

Mas não será nada fácil para a Grécia formar o Governo nesta semana, após a reviravolta das eleições legislativas de domingo, que privaram de maioria os dois partidos históricos, Nova Democracia (ND) e Pasok, favoráveis à austeridade e pró-europeus.

Com 99% dos votos apurados, o Nova Democracia teria obtido 18,8% dos votos, ou seja, 108 assentos, e o Pasok 13,2%, 41 parlamentares, contabilizando 149 assentos no total, segundo dados publicados nesta segunda-feira pelo ministério do Interior.

Já os partidos opostos a uma maior austeridade, incluindo um grupo neonazista que entra pela primeira vez no Parlamento, conseguiram 151 assentos de um total de 300.

A publicação dos resultados definitivos será realizada nesta segunda-feira, quando o chefe de Estado, Carolos Papulias, pedirá a Antonis Samaras, dirigente da Nova Democracia, que forme um governo que goze da confiança do Parlamento, como indica a Constituição.

Se Samaras não conseguir constituir um governo em três dias, a tarefa recairá no segundo partido mais votado, o grupo de esquerda radical Syriza, que foi a grande surpresa destas eleições ao levar 16,5% dos votos, que representam 52 assentos.

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