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Da Redação
Publicado em 23 de julho de 2010 às 10h46.
Bruxelas - A União Europeia deve aprovar na segunda-feira novas e mais duras sanções contra o Irã, em setores-chave como energia, transporte e finanças, porque o país persiste em seu programa nuclear de enriquecimento de urânio.
Os ministros de Assuntos Exteriores da UE aplicarão, por um lado, as medidas contidas na última resolução das Nações Unidas que impôs no começo de junho a quarta rodada de sanções contra o Irã e, por outro, adotarão uma bateria de medidas de acompanhamento que vão além do estipulado pelo Conselho de Segurança.
Fontes diplomáticas e comunitárias anunciaram hoje que as novas sanções afetarão os setores de gás e petróleo, assim como o comércio, os serviços financeiros e o transporte.
Além disso, a lista de personalidades do regime e empresários iranianos cujos ativos financeiros na UE têm que ser congelados será ampliada.
Entre as sanções que serão aprovadas na segunda-feira figura a proibição de aterrissar nos aeroportos da UE para aviões de carga de bandeira iraniana. Além disso, será proibida a exportação de equipamento que possam ser utilizados para extrair ou refinar petróleo, ou para produzir gás liquidificado.
Também se fecha o canal para exportações ao Irã de tecnologias e materiais químicos e biológicos, com exceção para os que tenham fins humanitários e médicos.
No setor bancário serão totalmente proibidos os novos investimentos e a aberturas de filiais. No entanto, os contratos já existentes serão respeitados.
Serão restringidos os créditos, garantias, seguros e outros serviços de apoio financeiro de entidades da UE para os clientes iranianos.
Todas as transferências de mais de 40 mil euros com destino a esse país deverão receber a permissão das autoridades bancárias nacionais; as de entre 10 mil e 40 mil terão que ser notificadas.
Estas restrições são a concretização da decisão tomada no dia 17 de junho pelos chefes de estado e Governo europeus de impor ao Irã sanções mais duras que as decididas pela ONU.