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UE critica "abdicação" de Trump na luta contra mudança climática

O presidente do executivo da UE reafirmou com vigor, entre aplausos dos deputados, que o bloco não "renegociará o Acordo de Paris"

Trump: "Devemos trabalhar juntos para convencer Donald Trump da importância da ação pelo clima" (Reuters/Reuters)

Trump: "Devemos trabalhar juntos para convencer Donald Trump da importância da ação pelo clima" (Reuters/Reuters)

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AFP

Publicado em 14 de junho de 2017 às 21h52.

O presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, denunciou nesta quarta-feira (14) a "abdicação" do presidente americano, Donald Trump, na luta contra as mudanças climáticas, após sua decisão de abandonar o Acordo de Paris, anunciada há duas semanas.

"A retirada dos Estados Unidos do Acordo de Paris é mais do que um triste acontecimento. É um sinal de abdicação da ação comum destinada a se envolver no destino de nosso planeta", disse Juncker ao Parlamento Europeu.

O presidente do executivo da UE reafirmou com vigor, entre aplausos dos deputados, que o bloco não "renegociará o Acordo de Paris".

"A decisão dos Estados Unidos de recuar em sua promessa com o fundo para o clima deixa um consequente vazio. Da nossa parte, mantemos nossos compromissos", acrescentou.

O discurso foi feito no Parlamento Europeu reunido em Estrasburgo (nordeste da França), na presença da presidente das Ilhas Marshall, Hilda Heine, cujo país está diretamente ameaçado pela subida do nível do mar.

"Devemos trabalhar juntos para convencer Donald Trump da importância da ação pelo clima", assegurou Heine, lembrando que os Estados Unidos são "historicamente" o país que "mais contribuiu para as mudanças climáticas".

"Vim aqui hoje (...) para pedir a ajuda de vocês", apontou a presidente, que exortou a UE a assumir um objetivo de redução das emissões de gases causadores do efeito estufa em longo prazo, até 2050, e de se mostrar "aberta" a aumentar, a partir de 2018, seus compromissos adotados no Acordo de Paris.

Os deputados europeus criticaram duramente a decisão do presidente americano, qualificando-a de "irrefletida" e "totalmente irresponsável", nas palavras da deputada conservadora Julie Girling.

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