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UE confirma plano para reforçar fronteiras externas e conter imigração

Estamos diante de uma situação difícil, que, no entanto, é uma motivação para trabalhar junto em interesses da nossa população, disse o ministro austríaco

Existe um amplo consenso para fortalecer a proteção das fronteiras, disse Kickl (Jon Nazca/Reuters)

Existe um amplo consenso para fortalecer a proteção das fronteiras, disse Kickl (Jon Nazca/Reuters)

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EFE

Publicado em 12 de julho de 2018 às 14h13.

Innsbruck - Os ministros de Interior da União Europeia (UE) confirmaram nesta quinta-feira o plano de reforçar o controle das fronteiras externas do bloco, ampliando o atuação da agência Frontex, e outras medidas para conter a imigração irregular.

"Existe um amplo consenso para fortalecer a proteção das fronteiras, dotando a Frontex do correspondente mandato", informou, em entrevista coletiva, Herbert Kickl, ministro de Interior da Áustria, país que preside a UE neste semestre, após uma reunião informal realizada na cidade de Innsbruck.

Ele lembrou que a reunião de hoje tinha como objetivo discutir medidas para pôr em prática o que o Conselho Europeu estipulou em 28 de junho para endurecer a política de imigração.

"Estamos diante de um desafio, uma situação difícil, que, no entanto, é uma motivação para trabalhar junto em interesses da nossa população", disse Kickl, membro do ultranacionalista e populista Partido Liberal (FPÖ).

Ele informou que entre as medidas planejadas está melhorar a repatriação de imigrantes negados mediante a cooperação com os países de origem. Para atingir essa meta, Kickl defendeu a necessidade de "desenvolver um sistema com essas nações, mas também com sanções para aqueles que forem reticentes" a acolher outra vez os seus cidadãos repatriados.

Ao reconhecer que em alguns aspectos os membros do bloco estão longe de um consenso, o político apostou em avançar agora nas propostas de maior aceitação, com a esperança que isso contribua para criar confiança para abordar as questões mais controversas.

Entre elas, admitiu que, por enquanto, a UE está "em um beco sem saída" quanto à divisão solidária do número de solicitantes entre todos os estados-membro ou a reforma da legislação comunitária de Dublin sobre refúgio. Sobre a polêmica proposta defendida pela presidência austríaca, de criar centros de desembarque, reclusão e registro de imigrantes em Estados extracomunitários, principalmente no norte da África, Kickl afirmou que a ideia conta com "amplo apoio".

O encontro informal foi precedido por um café da manhã com Kickl e os ministros de Interior da Alemanha, Horst Seehofer, e da Itália, Matteo Salvini, que conversaram sobre as suas posições duras, a favor de fazer de tudo para reduzir, "se possível a zero", a imigração irregular.

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