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UE confirma arrefecimento da economia no 2º trimestre

A economia da União Europeia e da zona do euro cresceu apenas 0,2% no período em relação aos três primeiros meses deste ano

A queda se deve à redução do consumo das famílias e à forte freada no avanço dos maiores países da UE, principalmente a Alemanha (Ian Waldie/Getty Images)

A queda se deve à redução do consumo das famílias e à forte freada no avanço dos maiores países da UE, principalmente a Alemanha (Ian Waldie/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 6 de setembro de 2011 às 08h12.

Bruxelas - A economia da União Europeia (UE) e da zona do euro cresceu no segundo trimestre apenas 0,2% em relação aos três primeiros meses deste ano, segundo dados da agência europeia de estatística, a Eurostat, o que confirma as primeiras estimativas que já apontavam a um arrefecimento da atividade econômica.

Enquanto o Produto Interno Bruto (PIB) da UE aumentou 0,8% entre janeiro e março de 2011, no segundo trimestre o crescimento se reduziu a 0,2%, conforme a Eurostat.

Esta queda se deve à redução do consumo das famílias e à forte freada no avanço dos maiores países da UE, principalmente a Alemanha, que cresceu somente 0,1% na comparação com o trimestre anterior, e a França, cuja economia estagnou.

Por países, a Alemanha cresceu somente 0,1% no comparativo com o primeiro trimestre de 2011, França registrou estagnação, o que contrasta com as evoluções de 1,3% e de 0,9%, respectivamente, registradas entre janeiro e março e consideradas indicativos de otimismo sobre a recuperação econômica na Europa.

Outras economias de peso da zona do euro, como a Itália, Espanha e Holanda também registraram crescimentos moderados de suas economias, respectivamente 0,3%, 0,2% e 0,1%.

Suécia cresceu 1% e Reino Unido seguiu o caminho dos grandes países e ficou em 0,2% em comparação com o trimestre anterior.

Os dados confirmaram os prognósticos de alguns analistas, que apontaram que as políticas de austeridade defendidas por Governos como o alemão e o francês são prejudiciais para a boa evolução da atividade econômica europeia.

Esses dois países defenderam repetidamente a necessidade de fazer drásticos cortes no gasto público para frear as pressões sobre a dívida soberana de alguns dos estados-membros.

A próxima reunião com dados de crescimento na UE será na quinta-feira da outra semana, quando a Comissão Europeia deve apresentar as perspectivas econômicas, a previsão sobre as principais economias comunitárias: Alemanha, França, Itália, Reino Unido, Espanha, Holanda e Polônia, assim como o conjunto da UE e da zona do euro.

Pelos dados revisados do Eurostat nesta terça-feira, o consumo familiar recuou no segundo trimestre 0,1% no conjunto da UE e 0,2% na zona do euro, enquanto no primeiro trimestre aumentou 0,2% na zona do euro e ficou estagnado na UE.

A formação bruta de capital aumentou 0,2% nos países que compartilham moeda única e 0,4% nos 27, números distantes de 1,8% e 1,2%, respectivamente, registrados entre janeiro e março.

As exportações cresceram 1% e 0,6% na zona do euro e na UE, respectivamente, enquanto as importações também aumentaram, embora em ritmo menor, com 0,5% nos 17 estados do euro e 0,6% no global da União.

Isto representa um forte recuo no comércio exterior europeu, já que no primeiro trimestre do ano as exportações aumentaram 2,2%, e as importações 1,4%, no conjunto da UE.

Em termos anualizados também se aprecia a freada forte da economia europeia, com crescimento previsto de 1,6% na zona do euro e de 1,7% na UE. No trimestre anterior foram de 2,4% nos dois casos.

Alemanha cresceu 2,8% anualizado e França, 1,6%, quando no trimestre anterior os aumentos foram, respectivamente, de 4,6% e 2,1%.

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