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UE condena uso da violência contra manifestantes egípcios

Confrontos no Cairo entre manifestantes e forças de ordem prosseguiam neste domingo pelo terceiro dia consecutivo, após deixarem dez mortos e cerca de 500 feridos

Manifestante egípcio joga pedras contra forças policiais no Cairo (AFP/Mohammed Abed)

Manifestante egípcio joga pedras contra forças policiais no Cairo (AFP/Mohammed Abed)

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Da Redação

Publicado em 18 de dezembro de 2011 às 16h17.

Bruxelas - A chefe da diplomacia da União Europeia, Catherine Ashton, condenou neste domingo a violência exercida contra os manifestantes egípcios durante os recentes distúrbios registrados no Egito, que deixaram pelo menos dez mortos, e pediu 'calma' a todas as partes.

Dez mortos, 500 de feridos e 181 detidos são o saldo de três dias de intensos protestos no centro do Cairo, que colocaram frente a frente manifestantes e militares em torno da sede do Conselho de Ministros e da Praça Tahrir.

Catherine se mostrou 'extremamente preocupada' com os choques violentos e lamentou as mortes de cidadãos, a cujos familiares enviou suas condolências.

'Peço a todas as partes que mantenham a calma e a moderação e condeno categoricamente o uso da violência contra manifestantes pacíficos', declarou a chefe da diplomacia europeia em comunicado. 'A lei e a ordem devem ser assegurados respeitando os direitos humanos', acrescentou.

Além disso, lembrou que as forças de segurança têm o dever de proteger o direito de todos os cidadãos de se manifestar pacificamente, assim como as liberdades de reunião e expressão.

'As autoridades devem atuar de maneira imediata para interromper os choques', destacou Catherine, que também pediu que seja aberta uma investigação independente para levar os responsáveis pela violência à Justiça.

A política britânica lembrou também o 'crucial' momento que o Egito vive em plena transição política e destacou a necessidade de que o processo eleitoral continue se desenvolvendo em um ambiente 'seguro e transparente'. EFE

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