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UE aprova termos para sanções à Rússia

Sanções incluem incluem restrições a viagens e congelamentos de bens dos responsáveis por violarem a soberania da Ucrânia

Homem é visto com bandeiras da União Europeia e da Ucrânia: essas serão as primeiras sanções impostas pelo bloco europeu contra a Rússia desde o final da Guerra Fria (Vasily Fedosenko/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 12 de março de 2014 às 10h49.

Bruxelas - Os Estados membros da União Europeia chegaram a um acordo sobre os termos a serem usados nas sanções à Rússia , as quais incluem restrições a viagens e congelamentos de bens dos responsáveis por violarem a soberania da Ucrânia, segundo um documento preliminar de sete páginas visto pela Reuters.

O texto descreve em detalhes as medidas punitivas a serem adotadas contra Moscou caso a Rússia não recolha suas forças na Crimeia e não inicie um diálogo com mediadores internacionais para tentar resolver a crise na Ucrânia.

Se aprovadas por ministros de Relações Exteriores da UE numa reunião na segunda-feira, essas serão as primeiras sanções impostas pelo bloco europeu contra a Rússia desde o final da Guerra Fria, marcando uma forte deterioração nas relações entre Moscou e o Ocidente.

"Os Estados membros devem tomar todas as medidas necessárias para impedir a entrada ou o trânsito em seus territórios de pessoas físicas responsáveis por ações que abalem ou ameacem a integridade territorial, a soberania e a independência da Ucrânia", diz o artigo 1º do documento.

O artigo 2º determina que "todos os fundos e recursos econômicos pertencentes, mantidos ou controlados" pelos responsáveis por ações contrárias à integridade ucraniana "devem ser congelados" se estiverem dentro da UE.

O documento foi aprovado em votação simbólica, já que ninguém apresentou objeções até as 11h de quarta-feira (horário de Bruxelas), segundo autoridades. As medidas devem ser formalmente adotadas na segunda-feira pelos ministros, salvo em caso de uma guinada na posição russa, o que parece improvável.


No domingo, a população da Crimeia participa de um referendo que pode levar essa península do sul da Ucrânia a se unir à Rússia.

Embora a UE já tenha definido os termos das sanções, os nomes dos afetados ainda estão por serem definidos.

Discussões sobre isso aconteceram na terça-feira numa reunião entre autoridades da Grã-Bretanha, EUA, Itália, França, Alemanha, Suíça, Japão e outros países.

"Meu entendimento é que haverá uma discussão detalhada de nomes na reunião", disse um funcionário da UE. "Nenhuma lista definitiva foi redigida, mas estará pronta até segunda-feira." Funcionários europeus sugerem que o presidente russo, Vladimir Putin, e seu ministro de Relações Exteriores, Serguei Lavrov, não estarão na lista, para que os canais de comunicação sejam mantidos abertos e para que possa haver um endurecimento posterior.

Mas a lista --um anexo ao documento obtido pela Reuters-- deve ter como alvo pessoas próximas a Putin nos serviços de segurança e na cúpula militar, além de parlamentares russos.

"O anexo deve também conter, quando disponível, informações necessárias para identificar as pessoas físicas e jurídicas, entidades e órgãos envolvidos", diz o texto.

Os EUA e a UE estão coordenando a imposição de restrições e encorajaram outros países, incluindo Canadá, Japão, Turquia e Suíça, a também adotarem sanções.

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Bruxelas - Os Estados membros da União Europeia chegaram a um acordo sobre os termos a serem usados nas sanções à Rússia , as quais incluem restrições a viagens e congelamentos de bens dos responsáveis por violarem a soberania da Ucrânia, segundo um documento preliminar de sete páginas visto pela Reuters.

O texto descreve em detalhes as medidas punitivas a serem adotadas contra Moscou caso a Rússia não recolha suas forças na Crimeia e não inicie um diálogo com mediadores internacionais para tentar resolver a crise na Ucrânia.

Se aprovadas por ministros de Relações Exteriores da UE numa reunião na segunda-feira, essas serão as primeiras sanções impostas pelo bloco europeu contra a Rússia desde o final da Guerra Fria, marcando uma forte deterioração nas relações entre Moscou e o Ocidente.

"Os Estados membros devem tomar todas as medidas necessárias para impedir a entrada ou o trânsito em seus territórios de pessoas físicas responsáveis por ações que abalem ou ameacem a integridade territorial, a soberania e a independência da Ucrânia", diz o artigo 1º do documento.

O artigo 2º determina que "todos os fundos e recursos econômicos pertencentes, mantidos ou controlados" pelos responsáveis por ações contrárias à integridade ucraniana "devem ser congelados" se estiverem dentro da UE.

O documento foi aprovado em votação simbólica, já que ninguém apresentou objeções até as 11h de quarta-feira (horário de Bruxelas), segundo autoridades. As medidas devem ser formalmente adotadas na segunda-feira pelos ministros, salvo em caso de uma guinada na posição russa, o que parece improvável.


No domingo, a população da Crimeia participa de um referendo que pode levar essa península do sul da Ucrânia a se unir à Rússia.

Embora a UE já tenha definido os termos das sanções, os nomes dos afetados ainda estão por serem definidos.

Discussões sobre isso aconteceram na terça-feira numa reunião entre autoridades da Grã-Bretanha, EUA, Itália, França, Alemanha, Suíça, Japão e outros países.

"Meu entendimento é que haverá uma discussão detalhada de nomes na reunião", disse um funcionário da UE. "Nenhuma lista definitiva foi redigida, mas estará pronta até segunda-feira." Funcionários europeus sugerem que o presidente russo, Vladimir Putin, e seu ministro de Relações Exteriores, Serguei Lavrov, não estarão na lista, para que os canais de comunicação sejam mantidos abertos e para que possa haver um endurecimento posterior.

Mas a lista --um anexo ao documento obtido pela Reuters-- deve ter como alvo pessoas próximas a Putin nos serviços de segurança e na cúpula militar, além de parlamentares russos.

"O anexo deve também conter, quando disponível, informações necessárias para identificar as pessoas físicas e jurídicas, entidades e órgãos envolvidos", diz o texto.

Os EUA e a UE estão coordenando a imposição de restrições e encorajaram outros países, incluindo Canadá, Japão, Turquia e Suíça, a também adotarem sanções.

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