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UE apresenta plano de 500 milhões de euros para acelerar a produção de munições

Esta é a terceira fase do plano de ação aprovado no final de março pela UE para enviar cerca de 1 milhão de projéteis de 155 mm às forças ucranianas

O plano prevê que, dos € 500 milhões, cerca de € 260 milhões (R$ 1,4 bilhão) venham do Fundo Europeu de Defesa (AFP/AFP Photo)

O plano prevê que, dos € 500 milhões, cerca de € 260 milhões (R$ 1,4 bilhão) venham do Fundo Europeu de Defesa (AFP/AFP Photo)

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Agência de notícias

Publicado em 3 de maio de 2023 às 13h42.

Última atualização em 3 de maio de 2023 às 14h46.

A União Europeia (UE) apresentou, nesta quarta-feira, 3, um plano no valor de 500 milhões (cerca de R$ 2,7 bilhões) para acelerar a produção de munições, com o objetivo de repor suas reservas e manter a ajuda à Ucrânia. 

Ao apresentar a proposta de legislação, o comissário do Mercado Interno europeu, Thierry Breton, disse esperar que a proposta se torne lei até o final de junho.

"Trata-se de apoiar diretamente projetos que permitam garantir o aumento da base industrial europeia", disse o funcionário.

"Estou confiante de que dentro de 12 meses poderemos aumentar nossa capacidade de produção para 1 milhão de munições por ano na Europa", acrescentou Breton.

Plano da UE

Esta é a terceira fase do plano de ação aprovado no final de março pela UE para enviar cerca de 1 milhão de projéteis de 155 mm às forças ucranianas e, ao mesmo tempo, reabastecer as reservas estratégicas nacionais do bloco, algumas das quais estão à beira do colapso.

O plano prevê que, dos € 500 milhões, cerca de € 260 milhões (R$ 1,4 bilhão) venham do Fundo Europeu de Defesa.

Isso permitirá cofinanciar os investimentos dos fabricantes para aumentar a produção de suas fábricas na UE. Cerca de 15 empresas produzem neste segmento em 11 Estados-membros.

"Com o financiamento dos Estados-membros, a capacidade de investimento será de € 1 bilhão (cerca de R$ 5,5 bilhões)", disse Breton.

"O objetivo é produzir mais para compensar o desabastecimento" de munições já verificado nos países da UE para fornecer projéteis às forças armadas ucranianas, explicou.

No momento, acrescentou, a indústria "não tem escala para atender às necessidades de segurança da Ucrânia e de nossos Estados-membros [do bloco]. Mas tem todo o potencial para fazê-lo".

A proposta, porém, não visa satisfazer as necessidades imediatas da Ucrânia, que prepara uma ofensiva na tentativa de reconquistar os territórios ocupados pela Rússia.

"Para apoiar a Ucrânia no curto prazo, devemos continuar doando dos nossos estoques", admitiu Breton.

Simultaneamente, os embaixadores dos países da UE em Bruxelas concordaram com um plano adicional de compras conjuntas de obuses de 155 mm no valor de € 1 bilhão (R$ 5,5 bilhões) para ajudar a Ucrânia.

As encomendas conjuntas deste pacote deverão ser apresentadas até 30 de setembro a empresas europeias que realizem produções no território da UE e da Noruega.

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