UE anuncia grupo de contato para tratar da crise na Venezuela
A porta-voz da UE disse que o objetivo é promover o entendimento entre atores internacionais-chave sobre a situação na Venezuela
EFE
Publicado em 31 de janeiro de 2019 às 16h48.
Bucareste - A União Europeia (UE) anunciou nesta quinta-feira a criação de um grupo de contato entre países europeus e latino-americanos, com o objetivo de alcançar em um período de 90 dias uma saída pacífica e democrática à crise na Venezuela , por meio da realização de eleições presidenciais.
A responsável de política externa da UE, Federica Mogherini, disse em Bucareste que o objetivo é "promover o entendimento e a atuação comum entre atores internacionais-chave sobre a situação na Venezuela".
O grupo estará formado pela UE, assim como vários de seus países-membros, como França, Reino Unido, Alemanha, Portugal, Espanha, Holanda, Itália e Suécia, enquanto na parte latino-americana estão Equador, Costa Rica, Uruguai e Bolívia, além de outros Estados que serão anunciados nos próximos dias.
Segundo Mogherini, o primeiro encontro, em nível ministerial e na América Latina, acontecerá provavelmente na semana que vem.
"Vejo uma posição muito unida entre os países-membros", garantiu a responsável de política externa e segurança da UE, após destacar o apoio europeu ao presidente da Assembleia Nacional da Venezuela, Juan Guaidó.
Guaidó se autoproclamou na semana passada como presidente em exercício do país ao considerar ilegítimo o mandato do presidente Nicolás Maduro.
"O grupo (de contato) tem um mandato claro e com diferentes fases, com um marco claro, porque os resultados serão revisados após 90 dias, e o (mandato) será terminado se não houver progressos", explicou Mogherini.
"O grupo ajudará a construir confiança e criar as condições necessárias para um processo crível em linha com a Constituição da Venezuela, com o objetivo de que os venezuelanos determinem o seu próprio futuro com novas eleições, com todas as garantias", completou.
Ao mesmo tempo, Mogherini ressaltou que não se trata de "abrir um processo formal de mediação ou diálogo, mas de apoiar uma dinâmica política, que o grupo pode acompanhar e consolidar".