UE amplia sanções à Rússia por venda de turbinas à Crimeia
Em junho, o Conselho decidiu estender até junho do próximo ano as sanções que tinha imposto em resposta à anexação "ilegal" da Crimeia
EFE
Publicado em 4 de agosto de 2017 às 14h45.
Bruxelas - A União Europeia (UE) acrescentou três cidadãos russos e três empresas envolvidas na transferência de turbinas a gás à Crimeia à lista de sancionados pelas "ações que solapam a integridade territorial, a soberania e a independência da Ucrânia".
"O estabelecimento de uma fonte de alimentação independente para a Crimeia e Sebastopol apoia a separação da Ucrânia e solapa a integridade territorial, a soberania e a independência da Ucrânia. As turbinas a gás são um elemento substancial no desenvolvimento de novas centrais elétricas", disse nesta sexta-feira o Conselho da UE em um comunicado.
"Como parte de sua política de não-reconhecimento, o Conselho proibiu o fornecimento de equipamentos fundamentais para projetos de infraestrutura na Crimeia e Sebastopol em setores importantes, incluídas as turbinas a gás no setor energético", acrescentou.
A UE acrescentou três pessoas à lista de sanções pela "responsabilidade no fornecimento à Crimeia de turbinas a gás procedentes da Rússia".
"As turbinas foram inicialmente vendidas pela Siemens para uso no território da Federação Russa. A posterior transferência das turbinas à Criméia infringia as disposições de venda original por parte da Siemens", explicou o Conselho.
O Conselho precisou que as empresas punidas são a parte contratante que adquiriu as turbinas a gás e responsável pela transferência, o atual proprietário das turbinas e uma firma especializada em sistemas de controle e comunicação para centrais elétricas.
As sanções concretas consistem no congelamento de ativos e proibição de viagens que são aplicadas a um total de 153 pessoas e 40 entidades, segundo as medidas adotadas em março de 2014 e prorrogadas pela última vez em setembro de 2016 até 15 de março de 2017.
Em junho, o Conselho decidiu estender até junho do próximo ano as sanções que tinha imposto em resposta à anexação "ilegal" dos enclaves ucranianos da Crimeia e Sebastopol por parte da Rússia, que incluem restrições ao comércio e aos investimentos nesse territórios.