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Ucranianos comemoram rebelião de mercenários contra comando militar russo: 'fantástico'

oradores de Kiev dizem estar 'muito felizes' e confiam que este motim enfraquecerá as tropas russas e favorecerá a contraofensiva para recuperar territórios perdidos desde o início da guerra

As forças de Kiev iniciaram uma ofensiva no sul e no leste do país no início de junho para libertar os territórios ocupados pela Rússia. (Reprodução/AFP)

As forças de Kiev iniciaram uma ofensiva no sul e no leste do país no início de junho para libertar os territórios ocupados pela Rússia. (Reprodução/AFP)

Agência o Globo
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Publicado em 24 de junho de 2023 às 15h11.

Moradores de Kiev dizem estar "muito felizes" com a rebelião da milícia russa Wagner e confiam que este motim enfraquecerá as tropas russas e favorecerá a contraofensiva para recuperar territórios perdidos desde o início da guerra.

"Eu esperava algo, mas não tão rápido e não aqui. Achei que tudo começaria depois do fim da guerra, mas começou antes e é uma coisa muito boa", disse Ilya Tsvirkoun, de 21 anos, entrevistado pela AFP no centro da capital ucraniana.

O presidente russo, Vladimir Putin, "terá que retirar algumas tropas porque precisará de ajuda lá e, de repente, será mais fácil" para as forças ucranianas, estima o jovem. As forças de Kiev iniciaram uma ofensiva no sul e no leste do país no início de junho para libertar os territórios ocupados pela Rússia.

Outro morador de Kiev, Bogdan Teodorovski, de 19 anos, acha "muito divertido" que o chefe do grupo paramilitar Wagner, Yevgeny Prigojin, tenha se rebelado contra as tropas regulares russas. "Tudo o que temos a fazer é assistir à batalha entre o Exército russo e o grupo Wagner. Espero que eles nos deixem em paz e lutem entre si", disse à AFP.

Maria, de 22 anos, primeiro pensou "que era uma espécie de acordo entre o Ministério da Defesa [da Rússia] e o Wagner, para desviar a atenção de nossa contraofensiva e reforçar suas tropas", explica.

Contraofensiva em Bakhmut

Ele também acredita que “isso vai afetar os combates, porque sabemos que a região de Bakhmut era dominada pelo Wagner e era considerada perigosa para nossas tropas”.

A batalha continua em torno de Bakhmut, cidade no leste do país cuja tomada foi reivindicada em 20 de maio pelos homens do grupo Wagner, ao preço de inúmeras perdas em ambos os lados após dez meses de luta. Desde então, os paramilitares se retiraram da área, dando lugar ao exército regular russo, o que permitiu aos ucranianos atacar os flancos da cidade.

"As tropas do Wagner começaram sua ofensiva e vão chegar a Moscou", prevê Mikhailo, 50, dizendo para si mesmo que está "muito feliz por isso ter acontecido". "Acho que nossas Forças Armadas têm todas as chances de sucesso. Acho que a rebelião do Wagner enfraquecerá as tropas russas e as forças políticas internas da Rússia. É fantástico".

Olga, de 45 anos, espera que o conflito entre o grupo Wagner e o Exército russo "ponha fim a esta guerra, à nossa miséria e ao nosso sofrimento".

Na noite de sexta-feira para sábado, três pessoas morreram e 11 ficaram feridas na capital ucraniana durante uma nova onda de ataques aéreos russos contra vários alvos em todo o país.

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