Mundo

Ucrânia e rebeldes dizem estar prontos para cessar-fogo

Poroshenko discutiu o esboço do acordo com o presidente russo Vladimir Putin na quarta-feira e os dois expressaram otimismo a respeito de um acordo em Minsk

Policiais na Ucrânia: rebeldes têm feito avanços substanciais contra forças do país (Valentyn Ogirenko/Reuters)

Policiais na Ucrânia: rebeldes têm feito avanços substanciais contra forças do país (Valentyn Ogirenko/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 4 de setembro de 2014 às 15h20.

Moscou - A Ucrânia e separatistas pró-Rússia pareciam cada vez mais perto de assinar um acordo para encerrar os quatro meses de combates.

O presidente ucraniano Petro Poroshenko disse que está pronto para ordenar um cessar-fogo no leste do país na sexta-feira se um acordo de paz for assinado no mesmo dia durante as negociações em Minsk, na Bielorrúsia.

Os rebeldes também disseram que estão prontos para declarar uma trégua na sexta-feira se um acordo com a Ucrânia for alcançado sobre a situação política para a região, onde a maioria fala russo.

Poroshenko discutiu o esboço do acordo com o presidente russo Vladimir Putin na quarta-feira e os dois expressaram otimismo a respeito de um acordo em Minsk.

Separatistas apoiados pela Rússia vêm combatendo tropas do governo no leste ucraniano desde meados de abril, conflito que segundo a Organização das Nações Unidas (ONU) já matou cerca de 2.600 pessoas.

A Otan diz que pelo menos 1.000 combatentes russos estão ajudando os rebeldes.

Jornalistas da Associated Press viram comboios com pesados equipamentos militares se movendo em território controlado por rebeldes.

Os rebeldes têm feito avanços substanciais contra forças ucranianas nas últimas duas semanas, o que inclui a abertura de uma nova frente ao longo da costa do Mar de Azov.

Detalhes do acordo ainda precisam ser finalizados. Putin sugeriu que os rebeldes interrompam sua ofensiva enquanto forças do governo ucraniano evitar bombardear áreas residenciais.

Por sua vez, Poroshenko pediu a retirada de tropas estrangeiras, uma referência diplomática às forças russas, assim como o estabelecimento de uma zona tampão na fronteira e a libertação de todos os prisioneiros ucranianos mantidos na Rússia.

Os dois lados também expressaram prontidão para aceitar o monitoramento internacional da trégua e para a troca de prisioneiros.

Fonte: Associated Press.

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaDiplomaciaEuropaRússiaUcrâniaViolência política

Mais de Mundo

Republicanos exigem renúncia de Biden, e democratas celebram legado

Apesar de Kamala ter melhor desempenho que Biden, pesquisas mostram vantagem de Trump após ataque

A estratégia dos republicanos para lidar com a saída de Biden

Se eleita, Kamala será primeira mulher a presidir os EUA

Mais na Exame