Kiev - O governo da Ucrânia anunciou nesta quinta-feira a apreensão de dois blindados das forças russas, os quais teriam sido abandonados por seus tripulantes em meio aos combates nos arredores da sitiada cidade de Lugansk, no leste do país.
"Em um dos blindados havia toda a documentação, desde a carteira de motorista (de um oficial russo) até os documentos militares", disse em entrevista coletiva o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional e Defesa da Ucrânia, Andrei Lisenko.
De acordo com Lisenko, a documentação prova que "a tripulação e o veículo pertencem à unidade 74268 da primeira companhia aerotransportada da divisão de Pskov (735 quilômetros ao noroeste de Moscou) das Forças Aerotransportadas da Rússia".
O jornalista da emissora ucraniana "Inter", Roman Bochkala, que revelou em primeira mão a captura dos dois blindados, escreveu em sua página do Facebook que a mulher de um dos soldados russos confirmou o envio das forças especiais da Rússia ao leste separatista da Ucrânia.
"Nossos maridos foram enviados à Ucrânia. Foram para integrar umas manobras. Nem sequer sabiam para onde estavam indo. Desde então, não sabemos nada deles", citou o jornalista ao transcrever as supostas palavras de sua fonte.
O Ministério da Defesa da Rússia desmentiu a informação sobre a presença de tropas russas na Ucrânia e acusou Kiev de mentir e de falsificar documentos para traçar acusações.
"Todos os documentos de serviço supostamente encontrados no blindado foram preenchidos sobre uns formulários que há cinco anos não são mais usados pelo Exército russo", disse à agência "Interfax" o porta-voz oficial da pasta, Igor Konashenkov.
O general russo também manifestou sua surpresa pela quantidade de documentos achados a bordo de um blindado, já que, se fossem verídicas tais acusações, os militares deveriam fazer o possível para ocultar sua pertinência às Forças Armadas russas.
"Em relação aos passaportes, cartões de crédito e apólices de seguro (pertencentes supostamente à tripulação do blindado e apresentadas como provas por Kiev), só posso dizer que, entre as conquistas do Serviço de Segurança da Ucrânia, é preciso acrescentar outra, a compra de documentos roubados", apontou Konashenkov.
A Ucrânia denunciou há uma semana a entrada de uma coluna de blindados russos na região de Lugansk, embora a missão de observadores da OSCE que trabalha na fronteira russa não tenha confirmado essa informação.
No último domingo, o site ucraniano "podrobnosti.ua", com base em dados de inteligência militar, denunciou a entrada de outra coluna russa em território ucraniano, composta por 15 blindados de transporte e vários caminhões.
A Rússia sempre negou qualquer apoio com armas e armamento pesado aos sublevados pró-Rússia, assim como negou ter disparado contra posições das forças de Kiev a partir de seu território.
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1. Velas e armas
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1/13 (Graham Denholm / Getty Images)
São Paulo – Na quinta-feira, o voo MH17 da Malaysian Airlines, que ia de Amsterdã para Kuala Lumpur, foi derrubado enquanto sobrevoava o céu do leste da Ucrânia. Desde então, o governo central ucraniano e a Rússia trocam acusações sobre quem foi responsável pelo míssil que atingiu o avião. Veja, a seguir, as fotos do desenrolar do conflito desde a queda do avião até este domingo.
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2. Pelo chão
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2/13 (Getty Images)
As bagagens e pertences pessoais das vítimas que estavam a bordo do Malaysia Airlines voo MH17 estão espalhadas por Grabovo, na Ucrânia. Segundo relatos de correspondentes internacionais, os destroços do avião estão espalhados a até 15 km do ponto central onde está a maior parte da fuselagem.
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3. Memória saqueada
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3/13 (Maxim Zmeyev/Reuters)
Dinheiro, joias, objetos pessoais e até cartões de créditos das 298 vítimas do voo MH17 da Malaysia Airlines, abatido por um míssil na Ucrânia, na sexta-feira, estão sendo saqueados. Militantes separatistas admitem que removeram objetos, além das caixas-pretas, do local do acidente.
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4. Sem destino
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4/13 (Brendan Hoffman / Getty Images)
Hoje, um vagão de trem refrigerado com parte dos corpos dos passageiros de Malaysia Airlines vôo MH17 aguarda na estação de trem para o transporte ruma a um destino ainda desconhecido. O vôo MH17 da Malaysia Airlines viajava de Amsterdã para Kuala Lumpur quando caiu matando todos os 298 a bordo, incluindo 80 crianças.
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5. Caixa-preta
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5/13 (Getty Images)
O governo da Ucrânia disse neste domingo que interceptou conversas telefônicas entre os rebeldes pró-russos e os militares russos. Os
rebeldes admitiram hoje podem estar com a caixa-preta e prometeram entregar caixas pretas do voo malaio à Organização da Aviação Civil Internacional.
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6. Represália Europeia
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6/13 (Maxim Zmeyev/Reuters)
De
acordo com o WSJ, os líderes europeus ameaçaram impor sanções mais duras contra a Rússia, em decorrência da queda do voo MH17, sem deixar ainda claro o que pode acontecer em represália. Os chanceleres da União Europeia se reunirão em Bruxelas nesta terça-feira para decidir o que fazer, mas há uma grande chance que ativos na Europa construídos por empresários russos, bem como as de empresas originárias do país, possam ser congelados.
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7. Maioria holandesa
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7/13 (Graham Denholm / Getty Images)
A maioria das 298 pessoas a bordo do voo MH 17 era de nacionalidade holandesa. Entre as vítimas havia 154 passageiros holandeses, 27 australianos, 23 malaios, onze indonésios, seis britânicos, quatro alemães, quatro belgas, três filipinos e um canadense no voo. "As famílias querem enterrar seus parentes", declarou ministro do Exterior holandês, Frans Timmermans. Um grupo de 15 especialistas holandeses foi enviado ao local da tragédia para identificar os corpos.
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8. Domingo de homenagem
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8/13 (Christopher Furlong / Getty Images)
Velas em memória das vítimas foram acesas durante uma missa especial na Igreja de Saint Vitus em Hilversum, Holanda, nesta manhã. Três famílias da cidade morreram no acidente. Por todo o país o domingo foi marcado por homenagens às vitimas da tragédia, lembradas em cultos, eventos esportivos e oficiais e no aeroporto Schiphol de Amsterdã, de onde o avião partiu na última quinta-feira.
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9. Em busca da cura
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9/13 (Graham Denholm / Getty Images)
Um participante da 20ª Conferência Internacional de AIDS que acontece hoje em Melbourne, Austrália, amarra uma fita vermelha em homenagem daqueles que perderam suas vidas no voo MH17. Pelo menos seis enviados estavam no avião rumo ao encontro dos maiores especialistas em busca da cura para a doença.
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10. EUA diz que sabe
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10/13 (gett)
Os
Estados Unidos detectaram o lançamento de um míssil antiaéreo e observou sua trajetória na quinta-feira passada, quando o avião da Malaysia Airlines caiu, supostamente atingido, no leste da Ucrânia, afirmou neste domingo o secretário de Estado, John Kerry. O presidente Barack Obama já hava dito que tudo apontava para que o avião tivesse atingido por rebeldes pró-russos. 'Sabemos, com certeza, que durante o último mês houve um fluxo de armamento, um comboio de uns 150 veículos incluídos transporte de pessoal, lança mísseis, artilharia, da Rússia para o leste da Ucrânia', disse ele.
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11. Artigo editado
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11/13 (Getty Images)
O imbróglio da Ucrânia e Russia chegou à web. Primeiro, um computador de Kiev, capital da Ucrânia,
editou o artigo em russo para "acidentes de aviação comercial" colocando a culpa da queda em "terroristas da auto-proclamada República Popular de Donetsk com mísseis de sistema Buk, que os terroristas receberam da Federação Russa". Menos de uma hora depois, alguém com um endereço de IP russo mudou o texto para "o avião foi abatido por soldados ucranianos".
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12. Duas tragédias no ano
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12/13 (Maxim Zmeyev/Reuters)
Depois de ter um avião desaparecido nos ares em março, nesta quinta-feira, o Boeing 777 da companhia Malaysia Airlines com 295 passageiros a bordo caiu na região de Donetsk, no leste da Ucrânia, sem deixar sobreviventes. A
companhia já apresentava uma operação deficitária antes disso, suportada por verbas governamentais e que degringolava cada vez mais pela imagem afetada com a tragédia. Agora deve ter de enfrentar processos movidos por pessoas de vários países.
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13. Agora, veja quais são os exércitos mais poderosos
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13/13 (Bradley Rhen / US Army / Wikimedia Commons)