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Ucrânia diz que há um mês não recebe gás russo

Vice-primeiro ministro Hroisman acusou a empresa estatal russa de dobrar o preço do gás "sem motivo"


	Governo ucraniano acusou empresa de russa de dobrar o preço de gás
 (Bloomberg)

Governo ucraniano acusou empresa de russa de dobrar o preço de gás (Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 8 de julho de 2014 às 15h37.

Estrasburgo - O vice-primeiro-ministro da Ucrânia, Volodymyr Hroisman afirmou nesta terça-feira, em resposta às acusações da empresa estatal russa Gazprom de que o país não pagou a provisão de junho, que a companhia não forneceu gás durante o mês de julho.

"Há quase um mês não recebemos nem uma só gota de gás" russo, disse Hroisman à imprensa, depois de se reunir em Estrasburgo, no nordeste da França, com o secretário-geral do Conselho da Europa, Thorbjørn Jagland.

Hroisman acusou a empresa de dobrar o preço do gás "sem motivo", e acrescentou que a "agressão energética" é uma das três que a Ucrânia sofre da Rússia, além da "militar e da informativa".

A reunião com Jagland foi focada na consulta realizada ontem pela Ucrânia à Comissão de Veneza sobre as emendas constitucionais apresentadas ao parlamento na semana passada.

A Comissão é o órgão consultivo do Conselho da Europa em matéria constitucional, dá assessoria jurídica aos países-membros e ajuda a ajustar suas estruturas legais e institucionais aos valores europeus.

As emendas consultadas se baseiam na descentralização e no autogoverno local, e incluem mais direitos para as línguas, a possibilidade de convocar referendos regionais e o equilíbrio de poderes. A Comissão, segundo fontes oficiais, se pronunciará 'nas próximas semanas'.

Jagland destacou a importância da reforma da Constituição ucraniana, e Hroisman agradeceu a organização paneuropeia e a seu principal responsável 'pela cooperação e apoio dados diante dos sérios desafios' propostos pelo presidente Petro Poroshenko.

"As mudanças que estamos introduzindo nos tornarão compatíveis com a Europa", disse o vice-primeiro-ministro ucraniano, 11 dias depois de a Ucrânia assinar o tratado de associação com a União Europeia (UE).

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