Ucrânia defende energia nuclear 25 anos após Chernobyl
Para o primeiro-ministro ucraniano, renunciar às tecnologias atômicas é "como proibir os computadores"
Da Redação
Publicado em 4 de maio de 2011 às 08h55.
Kiev - "Renunciar às tecnologias nucleares é como proibir os computadores", afirmou nesta segunda-feira em entrevista à Agência Efe o primeiro-ministro da Ucrânia, Nikolai Azarov, ao defender a aposta de seu país pela energia atômica quando se cumprem 25 anos do acidente de Chernobyl.
"Para a Ucrânia, um país obrigado a comprar gás e petróleo, não há alternativa à energia nuclear", ressaltou o chefe do Governo do país que em 26 de abril de 1986 foi palco do maior desastre nuclear da história.
Azarov, 63 de anos, afirmou que esta afirmação é válida para muitos países, já que "renunciar à energia nuclear seria um erro e, além disso, impossível", pois ela "é parte inalienável do progresso científico".
Embora as pesquisas revelem que a maioria dos ucranianos se diz contra a construção de novas usinas nucleares, a postura das autoridades é firme quanto à necessidade de desenvolver essa fonte de energia.
"Renunciar às tecnologias nucleares é como proibir os computadores", declarou Azarov.
Segundo o primeiro-ministro, a maioria dos países, inclusive o Japão, que atualmente vive uma crise nuclear, estão de acordo com esta colocação.
"A humanidade aceitou o desafio e responde: as catástrofes não devem frear o progresso", disse.
Azarov admitiu que, nos últimos 25 anos, as consequências do acidente de Chernobyl prejudicaram a economia da Ucrânia.
"Os diversos danos causados pelo acidente e os trabalhos para superar suas consequências totalizaram US$ 180 bilhões", disse o chefe do Governo.
"Isto sem considerar a perda de vidas humanas e os prejuízos à saúde" de milhares de pessoas afetadas pela radiação.
Ele ressaltou que neste ano a Ucrânia deve destinar cerca de 700 milhões de euros a programas de proteção social das pessoas afetadas pelo acidente de Chernobyl, que totalizam 2,21 milhões de ucranianos.
O primeiro-ministro ressaltou especialmente a importância da solidariedade internacional com a Ucrânia ao afirmar que, "durante todos estes anos, a comunidade mundial nem por um minuto se esqueceu de Chernobyl"
"E estamos sinceramente agradecidos por não terem deixado a Ucrânia sozinha diante deste complexo problema", acrescentou.
Neste sentido, ressaltou a importância da Conferência Internacional de Doadores realizada na semana passada em Kiev, que, segundo ele, "deu um poderoso impulso à coleta de recursos adicionais para a conclusão dos projetos de Chernobyl".
Nessa reunião, os países doadores se comprometeram a fornecer 550 milhões de euros, dos 740 milhões que, segundo as autoridades ucranianas, faltam para transformar a central afetada - fechada em 2000 - em uma instalação ecológica segura.
"Graças ao apoio financeiro da comunidade internacional foram realizados os trabalhos para estabilizar" a instalação que cobre o reator, "o que permitiu prolongar sua vida útil por outros 15 anos", afirmou.
Segundo o primeiro-ministro ucraniano, isso dá o tempo necessário para a construção de uma nova instalação segura sobre o atual, que se deteriora com o passar do tempo.
A nova instalação, com uma altura de mais de 100 metros e um peso de 29 mil toneladas, foi projetada para evitar o escapamento de radiação e substâncias radioativas.
Kiev - "Renunciar às tecnologias nucleares é como proibir os computadores", afirmou nesta segunda-feira em entrevista à Agência Efe o primeiro-ministro da Ucrânia, Nikolai Azarov, ao defender a aposta de seu país pela energia atômica quando se cumprem 25 anos do acidente de Chernobyl.
"Para a Ucrânia, um país obrigado a comprar gás e petróleo, não há alternativa à energia nuclear", ressaltou o chefe do Governo do país que em 26 de abril de 1986 foi palco do maior desastre nuclear da história.
Azarov, 63 de anos, afirmou que esta afirmação é válida para muitos países, já que "renunciar à energia nuclear seria um erro e, além disso, impossível", pois ela "é parte inalienável do progresso científico".
Embora as pesquisas revelem que a maioria dos ucranianos se diz contra a construção de novas usinas nucleares, a postura das autoridades é firme quanto à necessidade de desenvolver essa fonte de energia.
"Renunciar às tecnologias nucleares é como proibir os computadores", declarou Azarov.
Segundo o primeiro-ministro, a maioria dos países, inclusive o Japão, que atualmente vive uma crise nuclear, estão de acordo com esta colocação.
"A humanidade aceitou o desafio e responde: as catástrofes não devem frear o progresso", disse.
Azarov admitiu que, nos últimos 25 anos, as consequências do acidente de Chernobyl prejudicaram a economia da Ucrânia.
"Os diversos danos causados pelo acidente e os trabalhos para superar suas consequências totalizaram US$ 180 bilhões", disse o chefe do Governo.
"Isto sem considerar a perda de vidas humanas e os prejuízos à saúde" de milhares de pessoas afetadas pela radiação.
Ele ressaltou que neste ano a Ucrânia deve destinar cerca de 700 milhões de euros a programas de proteção social das pessoas afetadas pelo acidente de Chernobyl, que totalizam 2,21 milhões de ucranianos.
O primeiro-ministro ressaltou especialmente a importância da solidariedade internacional com a Ucrânia ao afirmar que, "durante todos estes anos, a comunidade mundial nem por um minuto se esqueceu de Chernobyl"
"E estamos sinceramente agradecidos por não terem deixado a Ucrânia sozinha diante deste complexo problema", acrescentou.
Neste sentido, ressaltou a importância da Conferência Internacional de Doadores realizada na semana passada em Kiev, que, segundo ele, "deu um poderoso impulso à coleta de recursos adicionais para a conclusão dos projetos de Chernobyl".
Nessa reunião, os países doadores se comprometeram a fornecer 550 milhões de euros, dos 740 milhões que, segundo as autoridades ucranianas, faltam para transformar a central afetada - fechada em 2000 - em uma instalação ecológica segura.
"Graças ao apoio financeiro da comunidade internacional foram realizados os trabalhos para estabilizar" a instalação que cobre o reator, "o que permitiu prolongar sua vida útil por outros 15 anos", afirmou.
Segundo o primeiro-ministro ucraniano, isso dá o tempo necessário para a construção de uma nova instalação segura sobre o atual, que se deteriora com o passar do tempo.
A nova instalação, com uma altura de mais de 100 metros e um peso de 29 mil toneladas, foi projetada para evitar o escapamento de radiação e substâncias radioativas.