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Ucrânia acusa Rússia de prender e torturar ao menos 600 pessoas em Kherson

Segundo a representante do presidente ucraniano, as vítimas estão em condições desumanas

Trostianets, perto da fronteira com a Rússia, no nordeste: uma das primeiras cidades a cair foi recapturada no fim de semana (AFP/AFP)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 7 de junho de 2022 às 17h33.

Última atualização em 7 de junho de 2022 às 17h34.

A Ucrânia acusou, nesta terça-feira, 7, o Exército russo de prender cerca de 600 pessoas, em sua maioria jornalistas e ativistas, na região de Kherson (sul), totalmente ocupada pelas tropas de Moscou.

"Segundo as informações que temos, quase 600 pessoas estão retidas em porões especialmente habilitados, em câmaras de tortura, na região de Kherson", disse Tamila Tacheva, representante do presidente ucraniano para a Crimeia, a península ucraniana limítrofe com Kherson que foi anexada por Moscou em 2014.

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A representante afirmou que se trata principalmente de jornalistas e ativistas que organizaram manifestações a favor da Ucrânia em Kherson e sua região. "Estão detidos em condições desumanas e estão sendo torturados", acusou Tacheva, sem fornecer detalhes.

Alguns dos ucranianos detidos na região de Kherson - civis, mas também prisioneiros de guerra - foram enviados posteriormente a prisões na Crimeia, disse a mesma fonte.

Segundo o jornal britânico The Guardian, ainda não há uma confirmação independente sobre as alegações.

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Kherson tinha mais de 1 milhão de habitantes antes da invasão russa em 24 de fevereiro. Já no início da guerra, as tropas russas assumiram o controle de toda a região de Kherson e grande parte da região de Zaporizhzhia, ambas no sul.

Autoridades russas e seus nomeados locais falaram sobre planos para essas regiões declararem sua independência ou serem incorporadas à Rússia.

Mas no que pode ser o mais recente caso de sabotagem anti-Rússia na Ucrânia, a mídia estatal russa disse nesta terça-feira que uma explosão em um café na cidade de Kherson feriu quatro pessoas.

A agência estatal Tass chamou a explosão na cidade ocupada de "ato terrorista". COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

(Estadão Conteúdo)

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