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Tusk pede que Parlamento Europeu cogite longo adiamento do Brexit

O presidente do Conselho Europeu pediu ao Parlamento Europeu que não ignore a "maioria crescente" de britânicos que querem permanecer no bloco

Brexit: Tusk disse que o Reino Unido ainda pode escolher entre um acordo, nenhum acordo, um longo adiamento ou a revogação do Artigo 50 (Nicolas Economou/Getty Images)
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Reuters

Publicado em 27 de março de 2019 às 11h50.

Última atualização em 27 de março de 2019 às 11h52.

Estrasburgo — O presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, exortou o Parlamento Europeu, nesta quarta-feira, a estar aberto a um longo adiamento da desfiliação britânica da União Europeia e a não ignorar a "maioria crescente" de britânicos que querem permanecer no bloco.

Mas o executivo-chefe da UE, Jean-Claude Juncker, disse que as intenções do Reino Unido se tornaram mais misteriosas do que as das esfinges mitológicas que vigiam tumbas antigas.

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Na semana passada, líderes da UE concederam ao Reino Unido uma prorrogação curta do prazo do Brexit , de 29 de março para 12 de abril, se o Parlamento britânico não aprovar o acordo de separação combinado com a primeira-ministra, Theresa May.

Tusk disse que 12 de abril é a nova "data do precipício" e que o Reino Unido ainda pode escolher entre um acordo, nenhum acordo, um longo adiamento ou a revogação do Artigo 50, a notificação britânica de que planeja deixar a UE.

"Você não pode trair as 6 milhões de pessoas que assinaram a petição para revogar o Artigo 50, o 1 milhão de pessoas que marchou pedindo uma Votação do Povo ou a maioria crescente de pessoas que querem permanecer na União Europeia", disse Tusk, que preside cúpulas de líderes do bloco, ao Parlamento.

Em um tuíte, ele acrescentou que o Parlamento deveria estar aberto a um longo adiamento se o Reino Unido quiser repensar sua estratégia. Cinquenta e dois por cento dos britânicos optaram pela saída da UE no referendo de 2016.

Os eleitores britânicos parecem estar mudando de ideia, disse o especialista em pesquisas John Curtice na terça-feira, mas não a ponto de se poder apostar em um resultado diferente em outro referendo.

Enquanto o Parlamento britânico começava a debater opções, Juncker disse aos parlamentares que não está claro como o Brexit transcorrerá.

"Eu disse a alguns de vocês que, se compararem o Reino Unido a uma esfinge, a esfinge me pareceria um livro aberto. Veremos no decorrer desta semana como esse livro falará".

O negociador-chefe da UE para o Brexit, Michel Barnier, disse que é hora de o Reino Unido fazer sua escolha e aceitar as consequências de sua decisão.

"Esta negociação não é uma negociação comercial. Não se trata de barganhar, de fazer concessões aqui e ali. Nunca trabalhamos neste espírito. Este é um processo de saída", disse.

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