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Turquia quer prorrogar estado de emergência por mais 3 meses

A proposta de prorrogação foi entregue ao parlamento e deve ser votada ainda hoje

Turquia: o estado de emergência foi estabelecido em 20 de julho do ano passado (Yasin Bulbul/Presidential Palace/Handout/Reuters)

Turquia: o estado de emergência foi estabelecido em 20 de julho do ano passado (Yasin Bulbul/Presidential Palace/Handout/Reuters)

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EFE

Publicado em 17 de julho de 2017 às 11h26.

Istambul - O gabinete do primeiro-ministro da Turquia entregou nesta segunda-feira ao parlamento uma proposta formal para prorrogar por mais três meses o estado de emergência no país, que está vigente há um ano.

O plenário votará o projeto hoje mesmo, informou a agência "Anadolu", que considera que o mesmo será aprovado.

A proposta foi entregue ao parlamento pouco depois do início de uma sessão rotineira do Conselho Nacional de Segurança, presidido pelo presidente Recep Tayyip Erdogan, que avaliava a situação do país.

Na última quarta-feira, Erdogan tinha adiantado que o estado de emergência não seria suspenso até que fosse concluída "a limpeza" da Administração de supostos simpatizantes da tentativa fracassada de golpe militar realizada há um ano.

O estado de emergência foi estabelecido em 20 de julho do ano passado, cinco dias após o levante, e tem sido prorrogado a cada três meses mediante votação no parlamento, onde o partido Justiça e Desenvolvimento (AKP, sigla em turco), ao qual pertence Erdogan, dispõe de maioria absoluta.

A medida permite que o chefe do Executivo governe por decreto e foi implementada inicialmente para combater as redes de supostos golpistas em vários órgãos estatais.

Desde então, cerca de 140 mil funcionários públicos foram demitidos através de decreto, sem opção de recorrer à Justiça.

Além disso, Erdogan indicou na quarta-feira que o estado de emergência também é necessário para a luta contra a guerrilha curda no sudeste da Turquia e para evitar greves na indústria.

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