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Turquia propõe lei que autoriza tiros em protestos violentos

Governo turco apresentou projeto que aumenta a autoridade da polícia, permitindo que os agentes disparem caso sejam atacados com coquetéis molotov


	Manifestante é atingido por jato d'água durante protesto na Turquia
 (REUTERS/Dado Ruvic)

Manifestante é atingido por jato d'água durante protesto na Turquia (REUTERS/Dado Ruvic)

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Da Redação

Publicado em 25 de novembro de 2014 às 12h19.

Ancara - O governo da Turquia apresentou ao parlamento um projeto de lei que aumenta a autoridade da polícia, permite que os agentes disparem caso sejam atacados com coquetéis molotov, facilita os grampos telefônicos e aumenta os períodos de prisão, segundo informou nesta terça-feira o jornal "Hürriyet".

A nova medida, que ainda precisa ser discutida, permite que os policiais prendam manifestantes sem a necessidade de acusações por 24 horas, período que pode ser estendido para 48 horas se o detido for considerado perigoso.

A legislação também inclui fogos de artifício e coquetéis molotov na categoria de armas de fogo e autoriza os agentes a atirarem se forem atacados por esses objetos.

A nova norma permite que a polícia pratique escutas telefônicas durante um período de 48 horas sem autorização judicial, para os casos em que seja essencial atuar com rapidez.

O projeto de lei foi criticado pela oposição como um passo em direção ao autoritarismo do governo.

O Exército turco também criticou o projeto, que aumenta o controle do Ministério do Interior sobre o serviço de guarda costeira e a gendarmaria, uma força policial militarizada.

Fontes militares citadas pelo "Hürriyet" alertam que a lei causará a politização das forças de segurança, agora controlados pelo Exército, quando o Ministério do Interior assumir as competências sobre as nomeações, as ascensões, as sanções e as substituições.

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