Ataque na Líbia: Turquia aceitou participar da operação (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 24 de março de 2011 às 16h41.
Istambul - O ministro das Relações Exteriores da Turquia, Ahmet Davutoglu, afirmou nesta quinta-feira que a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) assumirá o comando das operações militares na Líbia, que até agora são dirigidas em conjunto por Estados Unidos, França e Reino Unido.
Segundo a imprensa turca, Davutoglu fez esta declaração após o parlamento turco autorizar as forças armadas do país a participarem da operação.
O Governo turco, liderado pelo islâmico moderado Recep Tayyip Erdogan, foi muito crítico com os ataques que a coalizão internacional está realizando contra as forças do líder líbio Muammar Kadafi.
O presidente francês, Nicolas Sarkozy, não convidou os dirigentes turcos a participarem da Cúpula de Paris para discutir sobre os ataques à Líbia, o que aumentou as críticas de Ancara.
Nos últimos dias, diversas rodadas de conversas com a Administração americana suavizaram a postura da Turquia, que finalmente decidiu enviar um terço de sua frota (4 fragatas, 1 embarcação de apoio e 1 submarino) a águas líbias para cooperar no bloqueio de armas ao regime de Kadafi e em tarefas de ajuda humanitária.
Além disso, Ancara pôs à disposição da Aliança seis caças F-16, mas deixou claro que não participará dos bombardeios, limitando-se a vigiar o cumprimento da zona de exclusão aérea sobre a Líbia, decretada pela resolução 1973 do Conselho de Segurança da ONU - que autoriza o uso da força no país norte-africano.
A Turquia foi convidada à reunião que será realizada na próxima terça-feira em Londres, onde o Governo de Erdogan pressionará para que se aceite sua proposta de que a direção das operações recaia à Otan, mas também conte com a participação da Liga Árabe.