Mundo

Turquia diz que irá colaborar com EUA em operações na Síria

Erdogan não precisou se o acordo alcançado com os EUA inclui um ataque à "capital" do Estado Islâmico na Síria ou se refere a operações na região noroeste


	Tayyip Erdogan: "É algo que dissemos desde o começo. Basta que os senhores digam 'sim' a nossas propostas"
 (foto/Reuters)

Tayyip Erdogan: "É algo que dissemos desde o começo. Basta que os senhores digam 'sim' a nossas propostas" (foto/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 18 de outubro de 2016 às 11h06.

Istambul - O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, afirmou nesta terça-feira que irá colaborar com os Estados Unidos em uma futura operação contra as forças do Estado Islâmico (EI) na Síria.

"Ontem, os amigos americanos nos disseram: 'Vale, os senhores também podem nos ajudar'", disse o chefe do Estado, em discurso no qual avaliou os avanços do Exército turco em sua luta contra o EI no noroeste da Síria, recolhido pela agência "Anadolu".

"É algo que dissemos desde o começo. Basta que os senhores digam 'sim' a nossas propostas. Porque nós entendemos deste assunto, nesta região. Os senhores aqui são estrangeiros, não podem entender disto", disse Erdogan, dirigindo-se a seus aliados.

"Nós conhecemos também todos os detalhes históricos. E agora nos pusemos de acordo. Dado que Al Raqqa é o centro do EI, nós também faremos junto aos senhores uma operação em Al Raqqa", disse o líder.

Erdogan não precisou se o acordo alcançado com os Estados Unidos inclui um ataque à "capital" do Estado Islâmico na Síria ou se refere a operações na região noroeste da Síria, onde a aviação americana apoia a milícia sírio curda Unidades de Proteção do Povo (YPG) em sua luta contra os jihadistas.

Erdogan sempre disse que a Turquia só participaria de operações nas quais não estejam as milícias YPG, dado que Ancara as considera terroristas por seus estreitos vínculos com o proscrito Partido de Trabalhadores do Curdistão (PKK), a guerrilha curda da Turquia.

Em seu discurso de hoje, o presidente reiterou que as YPG devem se retirar de Manbij, uma cidade estratégica do EI ao oeste do Eufrates que as milícias curdas conquistaram em agosto, "porque lá 95% da população é árabe". 

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaEstado IslâmicoEstados Unidos (EUA)EuropaPaíses ricosSíriaTurquia

Mais de Mundo

Violência após eleição presidencial deixa mais de 20 mortos em Moçambique

38 pessoas morreram em queda de avião no Azerbaijão, diz autoridade do Cazaquistão

Desi Bouterse, ex-ditador do Suriname e foragido da justiça, morre aos 79 anos

Petro anuncia aumento de 9,54% no salário mínimo na Colômbia