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Tufão atinge as duas Coreias e faz milhares irem a abrigos

Tufão Maysak levou também ao naufrágio de um navio com 43 tripulantes e 5.800 vacas no Japão. Meteorologistas alertam para novo tufão na segunda-feira

Tufão na Coreia do Sul: mais de 2.200 pessoas foram evacuadas para abrigos temporários e cerca de 120.000 casas ficaram sem energia no país
 (AFP/AFP Photo)

Tufão na Coreia do Sul: mais de 2.200 pessoas foram evacuadas para abrigos temporários e cerca de 120.000 casas ficaram sem energia no país (AFP/AFP Photo)

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AFP

Publicado em 3 de setembro de 2020 às 08h32.

Última atualização em 3 de setembro de 2020 às 09h07.

Um poderoso tufão, com rajadas de vento de 140 km/h, atingiu as duas Coreias nesta quinta-feira, 3. O fenômeno causou pelo menos uma morte na Coreia do Sul e inundou as ruas de uma cidade portuária na Coreia do Norte.

O tufão Maysak atingiu terra em Busan, na costa da Coreia do Sul. A vítima foi uma mulher que morreu durante a tempestade, que destruiu as janelas de seu apartamento.

As ruas foram inundadas, o vento arrancou árvores e semáforos e mais de 2.200 residentes tiveram que ir para abrigos. Mais de 120.000 residências estavam sem eletricidade.

O tufão então se dirigiu para o norte, passando pelo Mar do Japão, antes de atingir o continente pela segunda vez em Kimchaek, uma cidade da Coreia do Norte.

Chuvas fortes geradas pelo tufão Maysak: fenômeno atingiu a Coreia do Norte e do Sul (AFP/AFP)

As catástrofes naturais geralmente causam mais estragos na Coreia do Norte do que na Coreia do Sul, devido à fragilidade da infraestrutura norte-coreana. O país também é muito vulnerável ao risco de inundações devido ao desmatamento. Na Coreia do Norte, o tufão foi acompanhado por fortes chuvas. Não há informações sobre potenciais vítimas.

Na cidade portuária de Wonsan, localizada na costa leste do país, caíram 385 milímetros de chuva em poucas horas. Pyongyang, centro do governo norte-coreano, estava em alerta. A mídia oficial transmitiu imagens ao vivo como as de um jornalista no meio de uma rua inundada na cidade portuária.

As autoridades, no entanto, suspenderam o alerta de tufão quando ele começou a enfraquecer ao seguir em direção à China.

"O tufão passará por Musan [na fronteira com a China] e deixará nosso país", disse um meteorologista na televisão norte-coreana. "Não espero que haja consequências", acrescentou.

Naufrágio no Japão

No Japão, o tufão levou ao naufrágio de um navio com 43 tripulantes a bordo e 5.800 vacas. Uma única pessoa foi resgatada nesta quinta-feira (madrugada pelo horário de Brasília) pela Guarda Costeira japonesa, mas as buscas continuam nesta manhã.

O navio "Gulf Livestock 1" emitiu um pedido de socorro na madrugada de quarta-feira, quando estava em um mar agitado pela passagem do tufão, a cerca de 185 quilômetros da ilha de Amami Oshima (sudoeste do Japão).

Um dos motores do navio parou de funcionar quando uma grande onda o virou, de acordo com o testemunho do único sobrevivente por enquanto, um filipino citado nesta quinta em um comunicado da Guarda Costeira japonesa.

Ele explicou que pulou no mar quando o barco estava virando e só teve tempo de colocar o colete salva-vidas. O navio então afundou, segundo ele.

Maysak é o segundo tufão a atingir a península coreana em uma semana, após o tufão Bavi. O líder norte-coreano Kim Jong-Un visitou uma região agrícola atingida pelo tufão anterior, dizendo que estava aliviado pelo dano ser "menos significativo do que o previsto".

Meteorologistas alertam ainda sobre a aproximação de nova tempestade, o tufão Haishen, que pode atingir a península coreana na manhã de segunda-feira, 7. São esperadas rajadas de vento de até 144 km/h.

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