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Tsunami mata cinco e destrói três aldeias nas Ilhas Salomão

As vítimas são uma criança de 10 a 12 anos e quatro idosos


	Crianças procuram roupas após tsunami nas Ilhas Salomão: o tsunami originado após o tremor causou uma série de ondas de até 90 centímetros de altura
 (William West/AFP)

Crianças procuram roupas após tsunami nas Ilhas Salomão: o tsunami originado após o tremor causou uma série de ondas de até 90 centímetros de altura (William West/AFP)

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Da Redação

Publicado em 6 de fevereiro de 2013 às 09h00.

Sydney - Pelo menos cinco pessoas morreram por conta do tsunami que destruiu três aldeias litorâneas nas Ilhas Salomão, após um terremoto de 8 graus na escala Ritcher registrado nesta quarta-feira, na região do Pacífico.

As vítimas mortais são uma criança de 10 e 12 anos e quatro idosos, segundo fontes hospitalares das Salomão citadas pela televisão neozelandesa "TVNZ".

No entanto, fontes policiais do país só confirmaram à emissora australiana "ABC" dois mortos e um número indeterminado de desaparecidos e feridos.

O terremoto atingiu o país por volta do meio-dia, foi registrado com uma profundidade de 5 quilômetros e afetou principalmente a província de Santa Cruz, no sudeste de Salomão, de acordo com o Serviço Geológico dos Estados Unidos.

O tsunami originado após o tremor causou uma série de ondas de até 90 centímetros de altura, que destruíram três aldeiras próximas a Lata, disse o comissário da polícia, John Lansley, à "ABC".

A catástrofe também danificou a pista de aterrisagem do aeroporto local, o que afetará a chegada de ajuda humanitária.

O diretor de enfermaria do hospital Lata, Augustine Bilve, declarou à televisão neozelandesa que há vários feridos e não descartou um aumento no número de vítimas porque as aldeias litorâneas dos arredores abrigam cerca de 700 habitantes.

Helicópteros da Missão de Assistência às Ilhas Salomão, que são comandados pela Austrália, se encontram na zona para avaliar os danos e espera-se a chegada de gente especializada às zonas afetadas, na quinta-feira.

Em Honiara, a capital das Salomão e a cerca de 600 quilômetros do epicentro, o terremoto não foi sentido, segundo indicou brevemente à Agência Efe uma fonte policial, mas mesmo assim ocorreram engarrafamentos após notícias sobre o ocorrido, enquanto embarcações navegavam a mar aberto para evitar o possível tsunami.

O primeiro terremoto de 8 graus teve 39 réplicas, segundo o Serviço Geológico dos Estados Unidos.

O Centro de Alerta de Tsunami do Pacífico emitiu um alarme para a região que foi cancelado duas horas depois, embora vários países ainda o mantém, como Nova Zelândia e Japão, onde a Agência Meteorológica japonesa ativou um alerta para toda a costa oriental perante a possibilidade de uma alta do mar em torno de 50 centímetros, para às 7h (horário do Brasil).

A catástrofe das Ilhas Salomão lembrou no Japão o terremoto e posterior tsunami que sacudiu o país em março de 2011 e deixou 15.873 mortos 2.768 desaparecidos, e desencadeou um grave acidente nuclear na usina de Fukushima, que obrigou a evacuação de 80 mil pessoas.

Em Kiribati, os habitantes dessa pequena nação que está "afundando" pelo aumento do nível do mar em consequência da mudança climática, foram evacuados ao estádio esportivo, situado na parte alta da ilha, segundo "TVNZ".

Em Suva, capital de Fiji, foram registrados engarrafamentos pelo deslocamento dos cidadãos rumo às partes altas da cidade.

Um tsunami de 11 centímetros chegou ao litoral de Vanuatu sem causar danos, e outro similar era esperado em Papua Nova Guiné.

As autoridades de Nova Caledônia (França) se preparam para ondas de até 50 centímetros.

Em 2007, um terremoto de 8,1 graus deixou 52 mortos nas Ilhas Salomão, que tem uma população de cerca de 523 mil pessoas.

Este arquipélago está situado sobre o chamado "Anel de Fogo do Pacífico", uma área grande de atividade sísmica e vulcânica onde ocorrem cerca de 7 mil tremores por ano, a maioria moderados. EFE

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