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Trump volta atrás e desiste de endurecer controle de armas nos EUA

Depois dos recentes atentados, Trump chegou a apoiar o maior controle na venda de armas, mas mudou de ideia ao conversar com o líder do lobby armamentista

Trump: posição do presidente é crucial para a aprovação de regaras mais rígidas na venda de armas (Jahi Chikwendiu/Getty Images)
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AFP

Publicado em 21 de agosto de 2019 às 15h53.

O presidente americano Donald Trump abandonou suas intenções de endurecer o controle de antecedentes para a compra de armas depois de conversar com o presidente da Associação Nacional do Rifle (NRA), um poderoso lobby de armas, informou a imprensa americana nesta quarta-feira.

Depois de vários ataques a tiros em massa, Trump expressou seu apoio provisório ao endurecimento do controle de venda para potenciais compradores com o objetivo de superar as brechas que não permitem registrar muitas vendas.

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De acordo com alguns meios de comunicação, o presidente disse na terça-feira ao diretor da Associação Nacional do Rifle, Wayne LaPierre, que pediria ao Congresso a aprovação de leis de "bandeira vermelha" permitindo a proibição temporária da venda de armas para pessoas consideradas como um risco para elas mesmas ou para outros.

Mas afirmou que não lideraria os esforços para estabelecer uma lei que impeça vendas não declaradas e não controladas, tanto online quanto em exibições de armas, segundo os veículos que citam fontes da Casa Branca.

A posição de Trump é crucial, uma vez que os congressistas republicanos, que contam com o voto dos cidadãos favoráveis às armas, não pretendem mudar as leis de armas sem o apoio do presidente.

Por outro lado, os democratas não podem impor leis no Congresso sem o apoio dos republicanos, que controlam o Senado e a Casa Branca.

A Casa Branca não fez comentários oficiais sobre os relatos da imprensa, que afirmam que Trump foi quem iniciou a conversa telefônica com LaPierre.

Mas o diretor do NRA confirmou na terça-feira o telefonema e disse que Trump é um forte defensor da segunda emenda à Constituição, que segundo os defensores das armas garante direitos absolutos e amplos para comprar e possuir armas de fogo sem interferência do governo.

"Hoje falei com o presidente. Discutimos as melhores maneiras de evitar tais tragédias", tuitou LaPierre em referência aos tiroteios em massa.

Trump "é um presidente que defende ferrenhamente a segunda emenda e apoia nosso direito de portar e manter armas!", escreveu LaPierre.

Em conversa com jornalistas na terça-feira, Trump não mencionou a ligação, embora tenha dito que os Estados Unidos têm "verificações de antecedentes muito, muito fortes neste momento" e acrescentou que as regras poderiam ser mais rígidas para pessoas com problemas mentais.

"Muitas das pessoas que me trouxeram até onde estou são fortes defensores da segunda emenda, e eu também sou", disse o presidente.

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