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Trump renovará alívio de sanções ao Irã, mantendo acordo nuclear

Segundo fonte, o presidente americano também deve dar ao Congresso dos EUA e a aliados europeus um prazo para melhorá-lo

Donald Trump: Casa Branca deve anunciar a decisão do presidente sobre o Irã nesta sexta-feira (Jim Lo Scalzo/Reuters)

Donald Trump: Casa Branca deve anunciar a decisão do presidente sobre o Irã nesta sexta-feira (Jim Lo Scalzo/Reuters)

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Reuters

Publicado em 12 de janeiro de 2018 às 08h30.

Washington - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, irá estender o alívio de sanções concedido ao Irã sob o acordo nuclear de 2015 com os EUA e outras potências mundiais, deixando o acordo intacto por ora, de acordo com uma pessoa familiar à decisão.

No entanto, Trump, que prometeu acabar com o acordo, deve dar ao Congresso dos EUA e a aliados europeus um prazo para melhorá-lo, disse a fonte. Sem melhorias, Trump irá renovar sua ameaça de se retirar do acordo.

Trump tem prazo até esta sexta-feira para decidir se suspende ou não o alívio das sanções. Uma decisão de retirar o alívio colocaria efetivamente um fim ao acordo que limita o programa nuclear iraniano.

A Casa Branca deve anunciar a decisão do presidente nesta sexta-feira.

Embora Trump tenha aprovado manter o alívio de sanções, ele também decidiu impor novas medidas restritivas sobre o Irã, disse a fonte.

Duas autoridades sêniores do governo Trump disseram à Reuters na quarta-feira que o presidente, um republicano, havia expressado confidencialmente relutância em seguir o conselho de assessores que recomendavam não reimpor as sanções suspensas.

Trump argumentou que seu antecessor, o democrata Barack Obama, negociou um acordo ruim para os Estados Unidos ao aceitar o acordo nuclear.

Saudado por Obama como essencial para impedir o Irã de produzir uma bomba nuclear, o acordo suspendeu sanções econômicas em troca de Teerã limitar suas ambições nucleares. O acordo também foi assinado por China, França, Rússia, Reino Unido, Alemanha e União Europeia.

Trump havia sofrido intensa pressão de aliados europeus para emitir a suspensão de sanções.

O Irã diz que seu programa nuclear é somente para propósitos pacíficos. O país informou que irá se ater ao acordo enquanto os outros signatários respeitarem o pacto, mas que irá "descartar" o acordo caso Washington saia.

O Congresso dos EUA exige que o presidente decida periodicamente certificar, ou não, o cumprimento do Irã com o acordo e emita um ato para permitir que sanções norte-americanas continuem suspensas.

Trump escolheu em outubro não certificar cumprimento e alertou que poderia por fim acabar com o acordo. Ele acusou o Irã de "não viver o espírito" do acordo, mesmo que a Agência Internacional de Energia Atômica diga que Teerã está cumprindo.

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