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Trump prevê declarar estado de emergência nacional para deportar migrantes

Presidente eleito busca mobilizar exército para expulsão em massa, gerando preocupações econômicas e humanitárias

Donald Trump: plano inclui emergência nacional e mobilização militar para deportações (Chip Somodevilla/Getty Images)

Donald Trump: plano inclui emergência nacional e mobilização militar para deportações (Chip Somodevilla/Getty Images)

AFP
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Agência de notícias

Publicado em 18 de novembro de 2024 às 15h39.

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O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, confirmou nesta segunda-feira, 18, que pretende declarar estado de emergência nacional e utilizar o exército para realizar uma deportação em massa de migrantes.

“Boas notícias: segundo alguns relatos, a próxima administração de Donald Trump está preparada para declarar estado de emergência nacional e usar recursos militares para combater a invasão (permitida pelo presidente Joe Biden) por meio de um programa de expulsões em massa”, escreveu Tom Fitton, diretor da organização conservadora Judicial Watch, na plataforma Truth Social, controlada pelo republicano.

Trump respondeu à mensagem com um direto: “É verdade!”.

Ações militares e nomeações estratégicas

A Guarda Nacional, que opera sob comando estadual, pode ser convocada para proteger o país em situações de conflito ou desastre. Em abril, Trump sugeriu que essa força “deveria ser capaz” de executar as expulsões de migrantes em situação irregular.

“Se não for o caso, usarei o exército”, declarou à revista Time, referindo-se às tropas federais.

Desde sua vitória nas eleições de 5 de novembro, o republicano tem dado passos firmes para implementar as expulsões em massa, acusando os migrantes de ameaçarem a segurança e a identidade nacional dos Estados Unidos.

Recentemente, Trump nomeou Tom Homan como "czar da fronteira". Homan, ex-diretor do ICE, defende uma linha dura sobre imigração e é conhecido por supervisionar uma política que separou 4.000 crianças migrantes de seus pais entre 2017 e 2018.

Repercussões econômicas e humanitárias

A comunidade internacional e associações de defesa dos direitos humanos estão alarmadas com o impacto dessas medidas nos mais de 11 milhões de migrantes em situação irregular no país.

Economistas também alertaram que as expulsões em massa poderiam gerar custos exorbitantes e agravar a crise de escassez de mão de obra, causando um impacto devastador na economia dos Estados Unidos.

Trump também reforçou sua equipe com outros nomes de peso, como Kristi Noem, no Departamento de Segurança Interna, e Mike Waltz, como conselheiro de Segurança Nacional. Ambos são conhecidos por suas posições rígidas em relação à migração.

As declarações e medidas de Trump apontam para um dos planos mais controversos de sua administração, com efeitos que podem ressoar globalmente.

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