Presidente americano, Donald Trump (Donald Trump/Divulgação)
AFP
Publicado em 21 de julho de 2017 às 18h55.
Última atualização em 21 de julho de 2017 às 20h53.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, aumentou nesta sexta-feira a pressão sobre o Irã ao exigir que todos os cidadãos americanos detidos na República Islâmica sejam libertados e devolvidos a seu país.
"O presidente Trump está preparado para impor novas e graves sanções contra o Irã, a menos que todos os cidadãos americanos detidos injustamente sejam libertados e devolvidos", destacou a Casa Branca em um comunicado.
A dura advertência chega poucos dias depois de Trump confirmar o acordo nuclear com o Irã, revertendo uma promessa de campanha, ao mesmo tempo em que decidia novas sanções relacionadas com o armamento não nuclear.
O Irã condenou a 10 anos de prisão um cidadão sino-americano acusado de "infiltração".
O homem foi identificado como Xiyue Wang, um pesquisador de 37 anos da Universidade de Princeton.
Funcionários do governo em Washington afirmaram que Trump tem um grande interesse pelo destino dos americanos detidos no exterior e que foi profundamente afetado pelo caso de Otto Warmbier, um estudante preso no mês passado pela Coreia do Norte em estado de coma que morreu pouco depois em um hospital, ao regressar ao seu país.
"O presidente Donald J. Trump e sua administração estão redobrando esforços para trazer para casa todos os americanos detidos injustamente no exterior", disse a declaração da Casa Branca.
"Os Estados Unidos condenam os que fazem reféns e as nações que continuam fazendo reféns e detendo cidadãos sem motivo ou sem o devido processo", acrescentou.
A declaração menciona Xiyue Wang pelo nome, junto com Siamak e Baquer Namazi e com o ex-agente do FBI Robert Levinson, que desapareceu em março de 2007 durante uma missão não autorizada da CIA.
Washington e Teerã não mantêm relações diplomáticas desde abril de 1980. As tensões foram reavivadas com a vitória de Trump, em novembro passado, após uma breve aproximação durante o governo de Barack Obama.
Em 14 de julho de 2015, ambos os países assinaram, junto com outras grandes potências, um acordo para frear o programa nuclear do Irã.