Trump pede 'união' dos americanos após atentado a tiros em comício eleitoral
Ex-presidente se pronunciou nas redes sociais na manhã deste domingo
Agência de notícias
Publicado em 14 de julho de 2024 às 09h50.
O ex-presidente dos EUA Donald Trump fez um apelo à união dos americanos na manhã deste domingo, após sofrer um atentado a tiros na noite de sábado, 13. Em uma nova publicação na rede social Truth Social, Trump agradeceu às orações e mensagens de apoio, lamentando a morte de apoiadores feridos no comício.
"Obrigado a todos por seus pensamentos e orações ontem, pois foi somente Deus quem evitou que o impensável acontecesse. Nós NÃO TEREMOS MEDO, mas em vez disso permaneceremos resilientes em nossa fé e desafiadores diante da maldade. Nosso amor vai para as outras vítimas e suas famílias. Desejamos a recuperação daqueles que foram feridos e guardamos em nossos corações a memória do cidadão que foi tão terrivelmente morto. Neste momento, é mais importante do que nunca que permaneçamos unidos e mostremos o nosso verdadeiro caráter como americanos, permanecendo fortes e determinados, e não permitindo que o mal vença", escreveu o ex-presidente.
Tentativa de homicídio?
Esta é a segunda vez que Trump se manifesta após a tentativa de homicídio durante um comício em Butler, Pensilvânia. Também em uma publicação na Truth Social, ele detalhou que foi atingido por uma bala que perfurou a parte superior da orelha direita.
Trump é ferido na cabeça durante comício na Pensilvânia; veja fotos
"Quero agradecer ao Serviço Secreto dos EUA e todas as forças de segurança pela rápida resposta aos disparos em Butler, Pensilvânia. Mais importante ainda, quero estender minhas condolências à família da pessoa que foi morta, e à família de outra pessoa que foi gravemente ferida. É incrível que tal ato possa ocorrer em nosso país. Nada se sabe ainda sobre o atirador, que está morto. Fui atingido por uma bala que perfurou a parte superior da minha orelha direita. Eu sabia que havia algo de errado no momento que ouvi um som de assobio, disparos e imediatamente senti a bala acertando a minha pele. Vi muito sangue, e então percebi o que estava acontecendo. Deus abençoe a América".
Investigação e segurança
O FBI, a polícia federal dos EUA, identificou o atirador como um jovem de 20 anos, morador de uma cidade vizinha ao comício, registrado como eleitor do Partido Republicano. Ele conseguiu se posicionar no telhado de uma construção a menos de 140 metros do palco onde Trump discursou na noite de sábado, armado com um fuzil AR-15 semiautomático — o que levantou questionamentos e críticas ao Serviço Secreto pela falha de segurança.
O atirador, que foi morto após efetuar ao menos oito tiros, abriu fogo por volta das 18h15 (19h15 em Brasília). Além de Trump, atingido na orelha, ao menos outras três pessoas foram alvejadas. Uma delas morreu e outras duas sofreram ferimentos graves, segundo as autoridades americanas.