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Trump pagará US$ 25 mi para encerrar caso contra sua universidade

O procurador destacou que o acordo representa uma "mudança impressionante na postura" de Trump, que se negava a indenizar as vítimas da fraude

Trump: o centro universitário que o magnata nova-iorquino abriu em 2005 e fechou cinco anos depois nunca teve licença para operar (Getty Images)
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EFE

Publicado em 18 de novembro de 2016 às 21h16.

Nova York - O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump , concordou em pagar US$ 25 milhões para que o caso de fraude contra sua universidade seja encerrado, anunciaram nesta sexta-feira as autoridades de Nova York.

"Considero satisfatório que, sob os termos deste acordo, cada vítima receba uma restituição e que Donald Trump pague até US$ 1 milhão em multas ao estado de Nova York por violar as leis estaduais de educação", disse em comunicado o procurador-geral do estado, Eric Schneiderman.

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O procurador destacou que o acordo representa uma "mudança impressionante na postura" de Trump, que até agora tinha se negado a indenizar as "mais de 6 mil vítimas de sua universidade fraudulenta".

"Donald Trump lutou contra nós em cada passo do processo, apresentando acusações infundadas e apelações infrutíferas, e negando-se a fazer um acordo, inclusive por valores modestos, de compensações para as vítimas de sua falsa universidade", afirmou Schneiderman.

Segundo a investigação da procuradoria, o centro universitário que o magnata nova-iorquino abriu em 2005 e fechou cinco anos depois nunca teve licença para operar e cometeu fraude ao oferecer educação para milhares de consumidores.

O centro oferecia cursos sobre finanças e negócios do setor imobiliário com matrículas de até US$ 35 mil e que também foi alvo de processos na Califórnia, que serão encerrados com este acordo, se ele for aceito pelas autoridades judiciais.

"As vítimas da Universidade Trump esperaram anos pelo resultado de hoje e me satisfaz que sua paciência e persistência sejam recompensadas por este acordo de US$ 25 milhões", afirmou o procurador-geral de Nova York.

Em princípio, o acordo elimina a possibilidade de o presidente eleito ter que comparecer ao tribunal. No fim do mês, teriam início as audiências judiciais do processo aberto na Califórnia.

Durante a última campanha eleitoral, o caso foi utilizado em várias ocasiões pela candidata democrata, Hillary Clinton, para atacar Trump.

O magnata sempre se defendeu das críticas alegando que a Universidade Trump tinha um "grau de aprovação" de 98% por parte de seus alunos, e que poderia ter chegado a um acordo para encerrar o caso, mas que não o fez "por princípios".

Trump, que foi processado várias vezes, sempre se gabou de não fazer acordos judiciais.

Os registros da Justiça americana mostram que, desde o início dos anos 1980, Trump foi processado pelo menos 150 vezes e a maioria das ações terminaram com final feliz para o magnata.

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