Trump: os três presos nasceram norte-coreanos mas foram naturalizados americanos posteriormente (/Joshua Roberts/Reuters)
EFE
Publicado em 3 de maio de 2018 às 08h38.
Washington - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, insinuou na quarta-feira ter novidades sobre o futuro dos três americanos presos na Coreia do Norte, cuja libertação iminente é especulada há semanas.
"Como todo mundo sabe, o último governo pediu em vão durante muito tempo que se liberasse os três reféns de um campo de trabalhos forçado na Coreia do Norte. Se mantenham a par!", disse Trump, em mensagem no Twitter.
As everybody is aware, the past Administration has long been asking for three hostages to be released from a North Korean Labor camp, but to no avail. Stay tuned!
— Donald J. Trump (@realDonaldTrump) May 3, 2018
Trata-se de Kim Dong-chul (64 anos), Kim Sang-duk (58) e Kim Hak-song (cerca de 60), todos nascidos na Coreia do Sul e naturalizados posteriormente.
Apesar da afirmação de Trump sobre o governo de Barack Obama, tanto Kim Sang-duk como Kim Hak-song foram detidos há justamente um ano, quando o republicano já estava na Casa Branca.
A "CNN", que cita autoridades familiarizadas com as negociações entre Washington e Pyongyang, informou ontem que a libertação dos três americanos é "iminente" e que a Coreia do Norte tomou essa decisão há dois meses.
Também ontem, a agência sul-coreana "Yonhap" revelou que os três americanos foram transferidos para um hotel perto de Pyongyang, o que efetivamente poderia indicar sua próxima libertação.
A libertação do trio poderia coincidir com a preparação da histórica cúpula entre o líder norte-coreano, Kim Jong-un, e Trump, ainda sem data, mas prevista para o final deste mês.
Kim Dong-chul, é um empresário que foi detido em outubro de 2015 durante uma viagem a Coreia do Norte e depois condenado a 10 anos de prisão por espionagem. Trata-se do americano que mais tempo está preso na Coreia do Norte.
Os outros dois eram professores da Universidade de Ciência e Tecnologia de Pyongyang (PUST), a única privada e com financiamento estrangeiro do país, e a mídia norte-coreana atribuiu "atos hostis" contra o regime, sem que nenhum tribunal tenha se pronunciado ainda.