Trump faz acordo de US$ 25 milhões para encerrar processos
Acertos milionários têm o objetivo de finalizar ações na Califórnia e em Nova York envolvendo alegações de fraude na extinta Trump University
Estadão Conteúdo
Publicado em 19 de novembro de 2016 às 10h02.
San Diego - O presidente eleito dos EUA, Donald Trump, chegou a um acordo de US$ 25 milhões na sexta-feira para encerrar processos na Califórnia e em Nova York envolvendo alegações de fraude na extinta Trump University. O acordo resolve uma grande dor de cabeça legal no momento em que ele se prepara para ocupar a Casa Branca.
Os estudantes que se sentiram lesados acusavam o empresário de ter mentido ao prometer que os seminários da Trump University iriam ensiná-los estratégias de sucesso. O procurador-geral do Estado de Nova York, Eric T. Schneiderman, fez acusações parecidas em um caso separado e terá à disposição US$ 4 milhões do acordo. Em comunicado, Schneiderman disse que o acordo é "uma importante vitória para as mais de 6 mil vítimas de sua universidade fraudulenta".
Trump negou as acusações, afirmando que cada estudante recebeu o equivalente ao que pagou em ensinamentos e que muitos alunos avaliaram positivamente os seminários.
O acordo pode beneficiar milhares de consumidores que se matricularam em cursos da Trump University, que custavam entre US$ 1.500 e US$ 35 mil. Como parte do acordo, Trump não admite ter cometido nenhum crime.
"Embora não tenhamos dúvida de que a Trump University teria prevalecido em um julgamento com base nos méritos deste caso, a resolução desses assuntos permite que o presidente eleito Trump se dedique integralmente às importantes questões diante de nossa grande nação", disse uma porta-voz da Trump Organization.
Na audiência de sexta-feira, o juiz Gonzalo Curiel disse que revisaria o acordo para ver se ele é "justo, adequado e razoável". Ele também disse esperar que o acordo seja "o início de um processo de conciliação de que este país tanto precisa".
Durante a campanha presidencial, Trump criticou o juiz por não ter encerrado o caso, alegando que sua decisão era tendenciosa por causa de sua ascendência mexicana e da posição de Trump em relação aos imigrantes ilegais do país. Curiel é filho de mexicanos e nasceu em Indiana.