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Trump: EUA estão preparados para opção militar na Coreia do Norte

"Estamos totalmente preparados para a segunda opção, não uma opção preferida", disse Trump

Trump: "Mas se fizermos essa opção, será devastador, posso dizer isso" (Kevin Lamarque/Reuters)

Trump: "Mas se fizermos essa opção, será devastador, posso dizer isso" (Kevin Lamarque/Reuters)

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Reuters

Publicado em 26 de setembro de 2017 às 16h39.

Última atualização em 26 de setembro de 2017 às 16h58.

Washington - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, alertou a Coreia do Norte nesta terça-feira dizendo que qualquer opção militar dos EUA seria "devastadora" para Pyongyang, mas que o uso da força não é a primeira opção de Washington para lidar com os programas nuclear e de mísseis norte-coreanos.

"Estamos totalmente preparados para a segunda opção, não a opção preferida", disse Trump durante uma coletiva de imprensa na Casa Branca, referindo-se ao poderio militar. "Mas se escolhermos esta opção, será devastadora, isso eu lhes digo, devastadora para a Coreia do Norte. Esta é a chamada opção militar. Se tivermos que escolhê-la, o faremos".

Declarações beligerantes de Trump e do líder norte-coreano, Kim Jong Un, nas últimas semanas despertaram temores de que um erro de cálculo provoque ações com ramificações incalculáveis, especialmente depois que o regime realizou seu sexto e maior teste nuclear no dia 3 de setembro.

Apesar da escalada nas tensões, os EUA não detectaram nenhuma mudança na postura militar da Coreia do Norte que reflita uma ameaça crescente, disse a principal autoridade militar norte-americana nesta terça-feira.

A avaliação do general da Marinha Joseph Dunford, chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas, sobre a conduta militar de Pyongyang contrastou com a de um parlamentar da Coreia do Sul, que disse que os vizinhos do norte reforçaram suas defesas no litoral leste.

"Embora o espaço político esteja claramente muito alterado neste momento, não vimos uma mudança na postura das forças norte-coreanas, e a observamos muito atentamente", disse Dunford a uma audiência do Comitê das Forças Armadas do Senado em sua recondução ao cargo.

Em termos de uma sensação de urgência, "a Coreia do Norte certamente representa a maior ameaça hoje", afirmou Dunford.

Na segunda-feira o ministro das Relações Exteriores da Coreia do Norte, Ri Yong Ho, acusou Trump de declarar guerra a seu país e alertou que abaterá aviões de guerra dos EUA próximos da Península Coreana depois que bombardeiros norte-americanos voaram perto da região no final de semana.

A Coreia do Norte vem trabalhando para desenvolver mísseis equipados com ogivas nucleares e capazes de atingir o território continental norte-americano, algo que Trump disse que jamais permitirá. Dunford disse que Pyongyang terá um míssil balístico intercontinental nuclear "em breve".

"Posicionamos claramente nossas forças para responderem no caso de uma provocação ou um conflito", disse o general, acrescentando que Washington adotou "todas as medidas para proteger nossos aliados", incluindo a Coreia do Sul e o Japão.

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