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Trump está sem febre, após entrada em hospital, diz médico da Casa Branca

As próximas 48 horas serão críticas para os cuidados de Trump, segundo fonte, já que o presidente teve alguns sinais muito preocupantes

EUA: "sob o governo Trump, todas as divisões dos EUA têm sido ampliadas" (Carlos Barria/Reuters)

EUA: "sob o governo Trump, todas as divisões dos EUA têm sido ampliadas" (Carlos Barria/Reuters)

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Reuters

Publicado em 3 de outubro de 2020 às 13h44.

Última atualização em 3 de outubro de 2020 às 14h57.

O médico da Casa Branca Sean Conley disse neste sábado que o presidente Donald Trump está "bem" e não apresentou febre nas últimas 24 horas, após o anúncio sobre o teste positivo para Covid-19 na sexta-feira.

"A equipe e eu estamos extremamente felizes com o progresso do presidente", disse Conley em coletiva em frente ao hospital, acompanhado de médicos que tratam do presidente no Centro Médico Militar Nacional Walter Reed.

A equipe médica de Trump disse que ele não está utilizando oxigênio ou tomando hidroxicloroquina. Conley disse que Trump começou o tratamento com Remdesivir, um medicamento conhecido por ajudar os pacientes a se recuperarem do vírus.

Quadro incerto

O caminho de recuperação do presidente americano ainda não está claro, já que alguns de seus sinais vitais nas últimas 24 horas foram muito preocupantes, disse uma pessoa a par da situação a repórteres neste sábado.

A fonte, que pediu para não ser identificada, disse que as próximas 48 horas serão críticas para os cuidados de Trump. A avaliação parecia em desacordo com a declarada pelo médico de Trump em uma breve entrevista coletiva neste sábado.

Histórico de pouco caso

Com raras exceções, desde o início da pandemia Trump vem fazendo pouco dos riscos apresentados pela Covid-19 – ao menos em público. Em fevereiro, ele afirmou que o coronavírus “desapareceria como que por milagre”. Em março, disse que dava “nota 10” para a resposta de seu governo. Em abril, em uma de suas gafes mais memoráveis, ele sugeriu ingerir desinfetantes domésticos como uma possível cura. Na última quinta-feira, horas antes da notícia de seu diagnóstico, ele havia afirmado que o fim da pandemia estaria “à vista”.

Trump também transformou o uso de máscaras em um gesto político. Ele e muitos de seus apoiadores mais ferrenhos se recusam a cobrir o rosto mesmo quando estão em ambientes fechados.

Na semana passada, Trump contradisse o diretor dos Centros de Prevenção e Controle de Doenças, Robert Redfield, que defendeu a proteção facial como a medida mais importante para evitar a disseminação do coronavírus. “Ele está errado”, afirmou o presidente.

No debate de terça-feira, Trump fez piada com Biden. “Não sou como ele [apontando para o adversário]. Toda vez que você o vê ele está de máscara. [Biden] pode estar falando com pessoas a 30 metros de distância e aparece com a maior máscara que já vi na vida”.

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