Os líderes demonstraram cautela sobre as conversas com a Coreia do Norte (Jung Yeon-Je/Reuters)
EFE
Publicado em 16 de março de 2018 às 15h47.
Última atualização em 16 de março de 2018 às 15h50.
Washington - Os presidentes dos Estados Unidos, Donald Trump, e da Coreia do Sul, Moon Jae-in, expressaram nesta sexta-feira um "otimismo cauteloso" sobre os recentes progressos com a Coreia do Norte e concordaram em que "ações concretas" serão fundamentais para conseguir a desnuclearização "permanente" de Pyongyang.
A Casa Branca informou de uma ligação telefônica que aconteceu hoje entre ambos e na qual abordaram os atuais progressos com Pyongyang.
Na conversa, falaram da "importância de aprender dos erros do passado" e decidiram manter "máxima pressão" sobre o regime do líder norte-coreano, Kim Jong-un, algo que Washington pretende fazer mantendo suas sanções até que haja um acordo.
"Os dois líderes concordaram em que as ações concretas, não as palavras, serão a chave para conseguir a desnuclearização permanente da península coreana", afirmou a Casa Branca.
Além disso, na conversa, tanto Trump como Moon expressaram um "otimismo cauteloso" sobre os eventos recentes e enfatizaram que "um futuro mais brilhante está à disposição da Coreia do Norte se escolher o caminho correto".
O atual degelo protagonizado inicialmente pelas duas Coreias começou durante os Jogos Olímpicos de Inverno realizados na cidade sul-coreana de Pyeongchang por conta da mensagem de Ano Novo de Kim Jong-un, na qual estendeu a mão a Seul.
O evento esportivo propiciou o anúncio de duas importantes cúpulas nas quais se tratará a possível desnuclearização da Coreia do Norte.
A primeira envolve em abril Moon e Kim Jong-un, na que será a primeira cúpula intercoreana em 11 anos, enquanto a segunda reunirá Kim e Trump, uma reunião histórica por tratar-se do primeiro encontro na história de líderes dos dois países.
Segundo a Casa Branca, durante a ligação, Trump reiterou sua intenção de reunir-se "antes do final de maio" com Kim Jong-un.
O governo sul-coreano já tinha assegurado que o encontro, em um local ainda indefinido, aconteceria antes do final de maio, mas até agora a Casa Branca tinha dito que não há "nem uma data nem um lugar fixado".